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Contra isolamento, Alckmin busca ao menos cinco partidos

Sem fechar acordo com MDB e DEM, governador tenta atrair siglas médias e somar 4 minutos de tempo de TV na disputa pelo Planalto

atualizado

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Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
governador de São Paulo, Geraldo Alckimin
1 de 1 governador de São Paulo, Geraldo Alckimin - Foto: Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), começa o ano eleitoral com a meta de formar alianças nacionais com ao menos cinco legendas para a disputa pelo Planalto. Com dificuldade de fazer acordos com MDB, do presidente Michel Temer, e DEM, do deputado Rodrigo Maia, que também tem se colocado como opção, o tucano mira, no atual cenário, partidos considerados médios, como PR, PSB, PTB, PPS, PV e Solidariedade. A aliados, Alckmin tem dito que o primeiro objetivo é evitar uma candidatura isolada.

Com o cenário aberto para a chegada de novos postulantes à Presidência da República, o governador praticamente descarta a tese de que as forças políticas de centro devem convergir para um único nome. Mas considera que três candidatos podem ser demais, em referência às pretensões de Maia e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD).

Sem saber ao certo com quem vai disputar votos, o tucano faz contas. Calcula quanto tempo de TV cada um dos partidos potencialmente aliados pode lhe render. Alckmin quer conquistar ao menos quatro minutos, ou um terço dos 12 minutos e 30 segundos de cada bloco – o PR e o PSB, por exemplo, podem somar 45 segundos, cada, à campanha tucana no rádio e na tevê. Apesar de reconhecer o poder que as redes sociais têm para atrair ou afastar eleitores, Alckmin ainda aposta que é um bom tempo nas mídias tradicionais que pode levá-lo à vitória no pleito de outubro.

Aconselhado por aliados, o governador tem incrementado seus perfis nas redes sociais com fotos pessoais e vídeos informativos, mas ainda duvida que um número alto de seguidores, como os quase 5 milhões que soma o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no Facebook, possa ser decisivo em uma campanha presidencial. A interlocutores, o governador costuma dizer que “fã-clube” ajuda, mas não elege ninguém.

Na quarta-feira (10/1), após participar do leilão de concessão do Trecho Norte do Rodoanel, Alckmin usou o termo “reforma de Estado” para explicar suas medidas à frente do governo de São Paulo. Seguindo a estratégia de se colocar como um defensor das reformas necessárias para o país crescer, o governador afirmou que o “governo não pode ser o provedor de tudo nem o executor de tudo”, tem de planejar, regular e fiscalizar, além de buscar apoio da iniciativa privada para ver as obras saírem do papel com mais agilidade.

“É necessário para o país uma reforma de Estado. Vivemos uma grande crise fiscal. Mais do que isso, há uma bomba fiscal, o governo não tem recursos para investir e somos um país continental, onde falta tudo em termos de infraestrutura e logística. Essa é uma das razões para o ‘custo Brasil’ ser tão elevado”, disse.

Crítica
Mais confortável para criticar o governo Temer após Maia e Meirelles se colocarem na disputa presidencial, Alckmin atribuiu o atraso na conclusão do Trecho Norte do Rodoanel à falta de recursos federais. A previsão de entrega da primeira fase (sem a ligação com o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos) ficou para julho, quando o planejado era abril.

“Estamos tocando a obra praticamente sozinhos. Do total, um terço (do custo) deveria ter vindo do governo federal, mas os recursos não vieram. No ano passado, investimos R$ 1,5 bilhão na obra e só R$ 154 milhões, ou seja, 10% vieram do governo federal. É a primeira vez que isso acontece”, disse o governador, que não atribui o problema a questões políticas ou eleitorais. “Pode ser falta de recursos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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