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Comandante do Exército também defende militar para ministro da Defesa

Desde semana passada, general Silva e Luna responde interinamente pela pasta. Temer anunciou que titular será civil

atualizado

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DIDA SAMPAIO/ESTADAO
EDUARDO VILLAS BOAS/ENTREVISTA
1 de 1 EDUARDO VILLAS BOAS/ENTREVISTA - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, associou-se ao comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira, nesta segunda-feira (5/3), para defender a permanência de um militar no comando do Ministério da Defesa. As informações são do jornal O Globo.

O presidente Michel Temer nomeou, na última semana, o general Silva e Luna como ministro interino. Porém, afirmou que em breve anunciará o nome de um civil para comandar a pasta.

Durante entrevista ao O Globo, o comandante da Marinha afirmou: “Um militar, como qualquer outro profissional escolhido pelo presidente da República, pode sim chefiar o Ministério da Defesa. Anteriormente, profissionais de outras carreiras de Estado já exerceram esse cargo, e não há qualquer razão para que um militar não possa exercê-lo”, disse. Ele lembrou que o atual chefe da pasta nos Estados Unidos é um fuzileiro naval de carreira.

Segundo o almirante, não há desentendimento entre as três forças sobre quem deve chefiar o órgão. “As Forças Armadas vivem um ambiente de extrema cooperação e, em atuação conjunta, buscam cumprir as missões a nós atribuídas”, disse, ainda na entrevista ao veículo carioca. “Não há a mínima restrição à indicação de um general para o cargo de ministro da Defesa, até porque essa escolha é prerrogativa do presidente. Adicionalmente, no caso em questão, o general Silva e Luna conta com larga experiência no cargo de secretário-geral do ministério e se desincumbe de suas funções de maneira competente e equilibrada”, acrescentou.

Com agenda no Rio de Janeiro, o comandante do Exército participou de reunião com o interventor na segurança pública, general Braga Netto, e também usou o Twitter para fazer comentários sobre a intervenção. Segundo ele, o Exército não fará promessas que não pode cumprir.

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