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CFM reitera que Brasil tem médicos suficientes para atender o país

Nota oficial da entidade foi emitida após o anúncio feito pelo governo de Cuba de retirada de seus profissionais de medicina do Brasil

atualizado

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou nesta quarta-feira (14/11) sobre o anúncio feito pelo governo de Cuba de retirada de seus profissionais de medicina dos quadros do Programa Mais Médicos no Brasil. Em nota, a instituição reiterou que o Brasil conta com médicos brasileiros em número suficiente para atender às demandas da população.

Cuba tomou a atitude de retirar suas equipes do Mais Médicos em retaliação ao presidente eleito Jair Bolsonaro e ao que chamou de “declarações ameaçadoras e depreciativas” direcionadas aos médicos cubanos.

Também nesta quarta, Bolsonaro voltou a afirmar que sempre foi contra o programa. “Primeiro, por uma questão humanitária: 70% [do dinheiro] ficam com o governo deles e não temos a menor comprovação de que eles realmente sabem o que estão fazendo. É trabalho escravo e eu não vou convidar pra ficar”, justificou.

Ao ser informado pela Organização Mundial da Saúde (Opas) sobre a decisão do governo cubano, ainda nesta quarta, o Ministério da Saúde anunciou que vai abrir, nos próximos dias, edital para selecionar médicos que queiram ocupar as vagas deixadas em aberto pelos profissionais cubanos. “Será respeitada a convocação prioritária dos candidatos brasileiros formados no Brasil, seguida de brasileiros formados no exterior”, ressaltou o Ministério.

Confira a íntegra da nota do CFM:

“Diante do anúncio feito pelo governo de Cuba de retirada de seus intercambistas dos quadros do Programa Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público reiterar que:

  • O Brasil conta com médicos formados no país em número suficiente para atender às demandas da população;
  • Historicamente, os médicos brasileiros têm atuado, mesmo sob condições adversas, sempre em respeito ao seu compromisso com a sociedade;
  • Cabe ao governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender à população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves;
  • Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada;
  • Esses pontos constam do Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde, encaminhado a todos os candidatos nas Eleições Gerais de 2018, ainda no primeiro turno.

Comprometido com a Nação, a ser construída com base na ética e na justiça, o CFM se coloca à disposição do governo para contribuir com a construção de soluções para os problemas que afetam o sistema de saúde brasileiro”.

 

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