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Bolsonaro volta a defender garimpo: “Índio não é pré-histórico”

O presidente afirmou que as mudanças na legislação darão direito à população sobre o uso da própria terra

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), recebeu indígenas de 31 etnias no Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira (17/02/2020), antes da cerimônia de hasteamento da bandeira.

Em pronunciamento, Bolsonaro disse que as populações nativas não querem assistencialismo e que “o índio não pode ficar vivendo na sua terra como se fosse um ser humano pré-histórico”.

Segundo o presidente, as mudanças na legislação defendidas por ele dará direito a essa população sobre o uso das próprias terras. “Ele tem o direito de garimpar, plantar, arrentar a terra, explorar o turismo. A decisão [das mudanças da lei] é do Parlamento, eu faço minha parte”, disse.

Bolsonaro alegou que as terras indígenas já são exploradas ilegalmente. “Entra muita gente lá de forma ilegal e leva embora o diamante bruto, madeira, biodiversidade. Legalizando isso, eles vão ter como fazer com que essas riquezas sejam revertidas para eles e para o Brasil”.

O chefe do Executivo também criticou outros países pelo que chamou de “soberania relativa da Amazônia”. “Queriam que eu me submetesse ao presidente da França [Emmanuel Macron] em troca de migalhas. Não vou me submeter. Me atacam o tempo todo. Não falaram nada sobre incêndio na Austrália, mas uma fogueira de São João na Amazônia é suficiente pra vir pra cima de mim. E deixo bem claro: floresta não pega fogo, ela é úmida”.

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