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Base governista intensifica articulação pela reforma da Previdência

Governo ainda busca votos para alcançar o quórum mínimo e aprovar a emenda constitucional. Votação está prevista para terça (20/2)

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 1018575-10052016img_6699- - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com o fim do Carnaval, os líderes de partidos da base governista se preparam no sentido de retomarem as articulações referentes à votação da reforma da Previdência. A poucos dias da data que marca o início das discussões no plenário da Câmara, o governo ainda busca votos a fim de alcançar o quórum mínimo para aprovar a emenda constitucional no Congresso.

A votação está prevista para começar na próxima terça-feira (20), conforme cronograma definido no fim do ano passado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, a proposta ainda não reúne os 308 votos, entre os 513 deputados, necessários à aprovação, que deverá acontecer em dois turnos na Câmara.

Por se tratar de uma emenda constitucional, a maioria qualificada em dois turnos também é exigida para aprovação no Senado, onde deve receber voto favorável de pelo menos 49 senadores. O texto que deve ser discutido em plenário foi apresentado pelo relator, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), na semana passada. A expectativa é de que a proposta, mais flexível do que a apresentada inicialmente, possa atrair mais apoio em torno da reforma. Entre os pontos alterados está a manutenção da pensão integral a viúvas de policiais civis, federais e rodoviários federais mortos durante o trabalho.

Em busca da garantia de votos
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou à Agência Brasil que, até o fim de semana, será feita uma avaliação com Maia, Michel Temer (MDB) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para definir estratégias sobre o rito a ser seguido na próxima semana. Na opinião do deputado, a emenda só será apreciada com a certeza de que será aprovada.

“A minha avaliação é que a gente tem de colocar em votação com a garantia de votos. Não podemos ir para um risco. Não é nem uma questão de governo,sim do Estado brasileiro. Você impor uma derrota a uma matéria como essa não é uma derrota do governo, é uma derrota que acaba repercutindo mal para o país todo e acaba impondo sanções que talvez sejam muito graves num momento como esse. É melhor ter a prudência de colocar uma matéria como essa com a convicção de que nós aprovaremos, como aconteceu com a trabalhista e outros temas”, ressaltou Ribeiro.

Questionado se o número de votos melhorou depois da apresentação do novo relatório, o líder sinalizou não ter havido mudanças devido à dispersão causada pelo Carnaval. Ele explicou que tanto a contabilidade quanto a avaliação de novas demandas em torno do texto devem se intensificar a partir de agora, quando a base for “reaglutinada” depois do feriado prolongado.

Segundo o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), empresários ainda estão em negociação com governadores e prefeitos e que a base continua trabalhando pela aprovação da proposta. “Está todo mundo na batalha, trabalhando. A gente estava com 270 [votos], está todo mundo muito empenhado de virar voto, vamos ver o que vai resultar”, afirmou Mansur.

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