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“Banco da propina” da Odebrecht girou US$ 1,6 bi, aponta delator

Em depoimento, o executivo Vinícius Veiga Borin relatou transferências “suspeitas” das contas associadas à Odebrecht que somam ao menos US$ 132 milhões

atualizado

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J.F.Diorio/Estadão Conteúdo
Odebrecht
1 de 1 Odebrecht - Foto: J.F.Diorio/Estadão Conteúdo

O executivo Vinícius Veiga Borin, novo delator da Operação Lava Jato, afirmou que o Meinl Bank Antigua, supostamente adquirido pela Odebrecht para repassar propinas no exterior, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.

Em depoimento prestado no dia 17 ao procurador regional da República Orlando Martello, o delator declarou que “tem conhecimento que o Meinl Bank tem contas operacionais da Odebrecht, da mesma forma em nome de offshores”. Ele não revelou, porém, os nomes das offshores e nem quem as controla.

Vinícius Borin relatou transferências “suspeitas” das contas associadas à Odebrecht que somam ao menos US$ 132 milhões. Ele trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. Borin e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então integrantes do Departamento de Operações Estruturadas – nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo Lava Jato – da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antigua, paraíso fiscal no Caribe.

A empreiteira está negociando acordo de leniência. Seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, está próximo de acertar delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.

Em seu depoimento, Vinícius Borin disse que “não pode afirmar” que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento da estrutura financeira do esquema. “Mas pelo volume de dinheiro e da estrutura criada considera ser impossível ele (Odebrecht) não ter tido conhecimento de seu funcionamento”, argumentou o delator.

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