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Após apoio de Paulo Câmara a Lula, Gleisi cobra aliança formal do PSB

Afirmação é também uma resposta ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que descartou a possibilidade de uma aliança com o PT

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RICARDO BOTELHO/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES
Lula e gleisi hoffmann
1 de 1 Lula e gleisi hoffmann - Foto: RICARDO BOTELHO/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou, na manhã desta sexta-feira (12/7), que o PSB feche “uma coligação formal” com seu partido para apoiar a candidatura à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato.

Em visita a Salvador, onde se reuniu com lideranças petistas e com a Executiva Estadual do PT, a senadora paranaense disse que uma possível decisão do PSB pela neutralidade na eleição presidencial não interessa ao seu partido.

“A nossa posição é de uma coligação formal. A nossa resolução diz exatamente isso, que as alianças a serem construídas de forma prioritária com PSB e PCdoB são alianças formais. Nós queremos que estejam na chapa, estejam junto na chapa com o presidente Lula. (O desejo do PT) não é liberar os estados”, disse Gleisi, antes de reunir-se com a Executiva do PT baiano.

A manifestação da senadora ocorre um dia após o governador de Pernambuco e vice-presidente do PSB, Paulo Câmara, pré-candidato à reeleição, declarar apoio à postulação de Lula ao Palácio do Planalto. A afirmação é também uma resposta ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que descartou a possibilidade de uma aliança com o PT na eleição presidencial. Para Lacerda, o partido apoiaria Ciro Gomes (PDT) ou ficaria neutro na disputa ao Planalto.

Em entrevista concedida na manhã de sexta-feira à Rádio Eldorado, o deputado Julio Delgado, vice-líder do PSB na Câmara, lamentou que o partido esteja enfrentando essa divisão interna, pois dirigentes da legenda já haviam manifestado apoio ao pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.

Após a declaração pública de Câmara, Delgado acredita que será muito difícil o PSB seguir unido neste pleito e a tendência é a liberação dos estados para que cada um siga o caminho mais conveniente, priorizando as alianças regionais.

Otimismo
Nos bastidores, contudo, o PT aposta que, na pior das hipóteses, terá o apoio dos diretórios pessebistas no Norte e no Nordeste. Segundo interlocutores petistas, em jantar com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), no fim da noite de quinta-feira (12), Gleisi disse estar otimista quanto às negociações.

Este otimismo seria reforçado pela declaração de apoio feita por Paulo Câmara e pela conversa realizada com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). De acordo com um dos participantes da reunião, a senadora aposta na conquista de, pelo menos, da neutralidade do PSB, o que ajudaria a isolar Ciro Gomes.

Campanha
Durante o encontro, a senadora deu a Rui Costa e ao ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner a tarefa de coordenar a campanha de Lula no Nordeste. A Bahia teria prioridade na divisão do fundo eleitoral. Esta partilha deverá ocorrer no dia 20 de julho, em reunião da Executiva Nacional do PT, em Brasília.

Também estavam presentes o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo, o deputado federal Paulo Pimenta, o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, e dois representes da direção estadual do partido na Executiva Nacional, Ivan Alex Lima e Sara Gabriela.

As reuniões sobre a eleição presidencial feitas pelo Centrão – bloco de partidos liderado pelo DEM e composto por PP, PRB e Solidariedade – também foram alvo de Gleisi na manhã desta sexta-feira. Ela afirmou que as legendas “não conseguiram até agora definir candidato nem ter um programa para o País” e minimizou a força parlamentar e o tempo de TV do bloco.

“Só com base parlamentar não se ganha eleição. Qual o programa deles para a economia? Qual candidato vai personificar isso? Não tem. Eles estão em uma situação muito difícil. A pauta do centrão é o que o país está vivendo hoje, junto com o PMDB e junto com a direita. Não tem candidato desse campo que consiga despontar, porque não tem projeto para o País”, afirmou Gleisi, citando desemprego e privatizações como pautas do bloco.

A senadora disse ainda que, caso o centrão decida apoiar o pedetista Ciro Gomes, ele seria obrigado a defender o governo Michel Temer. “O Ciro vai pegar essa pauta? Vai defender Temer? Porque vai ter que defender. Essa é a pauta desses partidos. Inclusive salvaram Temer de duas denúncias. Se for pegar essa pauta, vai ter que saber das consequências, vai ter que fazer essa defesa no palanque, porque não pode ir para o palanque falar uma coisa e depois propor outra”, afirmou.

Gleisi não descartou, contudo, uma aliança com Ciro no segundo turno. “Nós só temos condições de fazer alianças com aqueles que não reivindicam a cabeça de chapa. Isso não quer dizer que no segundo turno nós não vamos conversar. Temos de sentar com todos os partidos da centro-esquerda, progressistas, que querem a reconstrução do Brasil, para fazermos uma frente única no segundo turno”, disse a presidente do PT.

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