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Análise: agora coadjuvante, PSDB caminha para quinta derrota seguida

Pesquisas tiram Geraldo Alckmin da corrida eleitoral e sacramentam decadência do tucanato em pior desempenho desde 1989

atualizado

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Igo Estrela/ Especial para o Metrópoles
Posse Fux tse
1 de 1 Posse Fux tse - Foto: Igo Estrela/ Especial para o Metrópoles

As últimas pesquisas revelam novo patamar eleitoral para o PSDB. De acordo com o levantamento divulgado pelo Datafolha na madrugada desta quinta-feira (20/9), o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, encontra-se em quarto lugar, com 9% das preferências dos brasileiros e sem perspectivas visíveis de ultrapassar os concorrentes.

Depois do quarto lugar de Mário Covas, em 1989 – com 11,5% dos votos –, os tucanos se tornaram protagonistas nas seis disputas seguintes. Venceram duas no primeiro turno, em 1994 e 1998, com Fernando Henrique Cardoso.

Após oito anos no Palácio do Planalto, o PSDB perdeu quatro eleições para o PT, com duas vitórias de Luiz Inácio Lula da Silva e duas de Dilma Rousseff. Mas, sempre no segundo turno, na condição de principal adversário dos petistas.

Nos últimos quatro anos, os dois partidos afundaram em denúncias de corrupção. Mais exposto pela Operação Lava Jato, derrubado do poder pelo Congresso e sem Lula na cédula, o PT entrou na corrida eleitoral sem seu melhor nome e fora da máquina administrativa.

Apesar do desgaste, a sigla de Lula emergiu nas últimas semanas com a candidatura de Fernando Haddad. De acordo com projeções, o ex-prefeito de São Paulo é o favorito para chegar ao segundo turno com Jair Bolsonaro (PSL).

O PSDB não teve fôlego para se mostrar competitivo. Ex-governador de São Paulo, o candidato Geraldo Alckmin tenta, pela segunda vez, comandar o país. Na campanha, carrega o peso dos escândalos que atingiram os principais líderes da legenda.

O caso mais rumoroso foi a derrocada do senador mineiro Aécio Neves, vencido em 2014 por Dilma e arrastado pelas denúncias dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O ninho tucano enfrenta ainda investigações de obras com suspeitas de desvio de dinheiro em São Paulo.

Nessa linha, o episódio mais recente, há duas semanas, foi a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa, por alguns dias, também por suspeita de corrupção nas relações com empreiteiras.

Richa pertence à segunda geração de tucanos. O pai dele, José Richa, também governou o Paraná e foi um nome importante na redemocratização. Estava, também, entre os líderes do grupo de políticos que saíram do MDB para, em 1988, fundar o PSDB.

Em 2018, o candidato direitista Jair Bolsonaro tirou uma fatia significativa dos votos tradicionais dos tucanos e tomou o posto de antagonista do PT. De pouco carisma e com estilo de político antigo, Alckmin caminha para chegar ao dia 7 de outubro como o candidato a presidente pelo PSDB com pior desempenho, desde a fundação do partido.

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