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Aécio Neves envia carta para pedir voto contra decisão do STF

A carta endereçada aos colegas senadores, pede que os parlamentares barrem as medidas cautelares impostas pelo Supremo

atualizado

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DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Brasília – DF 25/04/2016
1 de 1 Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Brasília – DF 25/04/2016 - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) encaminhou uma carta aos colegas senadores nesta terça-feira (17/10), para pedir que os parlamentares barrem as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra ele. A votação deve acontecer ainda hoje. Aécio está afastado das funções parlamentares desde 26 de setembro, quando também passou a ser obrigado a se recolher em seu domicílio no período noturno. O senador precisa de 41 votos dos 81 senadores para derrubar a decisão da Corte e retomar o mandato.

Na carta, Aécio diz que foi vítima de violenta “trama ardiolosa” envolvendo agentes públicos da Procuradoria-Geral da República (PGR), em referência às investigações que apontam suposta participação de procuradores nas gravações telefônicas que embasaram acordo de delação premiada da empresa JBS.

“A determinação dessas cautelares, sem que sequer houvesse denúncia aceita contra mim, e o mais grave, sem que eu sequer pudesse apresentar as provas de minha defesa, se sustenta em uma gravação feita de forma clandestina, portanto criminosa, por um réu confesso, Joesley Batista”, disse o senador mineiro no texto

“Novos depoimentos de delatores apontam para o que é ainda mais grave: o prévio conhecimento de agentes do Estado, notadamente da Procuradoria Geral da República, sobre essas gravações, o que por si só configuraria crime de responsabilidade”, complementa.

No apelo feito aos senadores, Aécio afirmou que “o que está em jogo é se pode, de forma monocrática ou por maioria de votos de uma das turmas do Supremo, um parlamentar ser afastado de suas funções sem ser previamente julgado”. “Veja que essa é uma decisão que terá repercussão também nos Estados e municípios de todo o País”, alerta no texto.

“Peço seu apoio e seu voto para que eu possa no exercício do mandato, que me foi conferido pelos mineiros, apresentar minha defesa e provar minha inocência frente a ataques tão violentos quanto injustos. Agradecendo sua atenção, coloco-me à sua disposição para qualquer esclarecimento que julgar necessário”, explicou o senador mineiro.

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