ABI repudia fala de Bolsonaro sobre jornalista: “Misógino”

Segundo o dirigente da instituição, Paulo Jeronimo de Sousa, o presidente apresentou "comportamento misógino" e afrontou a Constituição

Thayná Schuquel
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O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Paulo Jeronimo de Sousa, repudiou nesta terça-feira (18/02/2020) as declarações do mandatário do país, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre a jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello. Segundo o dirigente, a atitude do chefe do Executivo é “uma vergonha para os brasileiros”.

“Mais uma vez, para vergonha dos brasileiros que têm o mínimo de educação e civilidade, o presidente da República, Jair Bolsonaro, é ofensivo e agride, de forma covarde, a jornalista Patrícia Campos Mello”, diz trecho de comunicado da entidade.

Na manhã desta terça, Bolsonaro atacou a jornalista com uma insinuação sexual, ao afirmar que ela queria “dar um furo”. Depois da declaração, o mandatário do país deu uma risada. “Este comportamento misógino desmerece o cargo de presidente e afronta a Constituição federal”, frisou o presidente da ABI.

“O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais, fica patente que o presidente precisa, urgentemente, buscar um tratamento terapêutico”, ressaltou Paulo Jeronimo.

O dirigente da entidade ainda quer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) denuncie o titular do Palácio do Planalto por quebra de decoro parlamentar. “A ABI conclama a sociedade brasileira a reagir às demonstrações do ‘Cavalão’, como era conhecido Bolsonaro na caserna, e requer à PGR que cumpra o seu papel constitucional”, finaliza a nota.

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