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Polícia indicia por homicídio qualificado policial que matou petista

Polícia concluiu o inquérito sobre o caso e descartou também a motivação para o crime, ocorrido em Foz de Iguaçu

atualizado

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Jorge José da Rocha Guaranho, suspeito de matar guarda muncipial petista em Foz do Iguaçu
1 de 1 Jorge José da Rocha Guaranho, suspeito de matar guarda muncipial petista em Foz do Iguaçu - Foto: Redes sociais/Reprodução

A Polícia Civil do Paraná indiciou o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho (foto em destaque), acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, 50 anos, durante uma festa de aniversário com temática do Partido dos Trabalhadores (PT), por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum). Os investigadores, porém, descartaram motivação política.

O crime ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná, no último sábado (9/7). A informação do indiciamento foi divulgada nesta sexta-feira (15/7), durante entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Civil.

A delegada Camila Cecconelo, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou que um suposto colega de Jorge, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno do clube onde ocorria a festa. Jorge José, diretor do clube em que se encontrava Marcelo, perguntou ao colega sobre o local da comemoração. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica no churrasco.

Segundo os depoimentos, o acusado chega ao clube ouvindo uma música relacionada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Houve uma discussão entre autor e vítima. Jorge José foi embora, mas retornou ao local. Primeiramente, ele atirou contra Marcelo. Em seguida, invadiu a festa e fez mais disparos.

Ao todo foram quatro tiros, sendo que dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 disparos. Quatro acertaram Jorge José.

“Houve uma discussão por questões políticas”, frisou a delegada, destacando que isso não significa motivação política no crime. Segundo a investigadora, Marcelo, durante a briga, jogou terra e pedras em Jorge José e em sua família.

“É difícil dizermos que ele matou por a vítima ser petista. Ele teria voltado por se sentir humilhado. Não há provas de que foi um crime de ódio, pelo fato de a vítima ser petista”, continuou a delegada.

Segundo Camila Cecconelo, para enquadrar juridicamente o caso como crime político, Jorge José teria que ter impedido Marcelo de exercer direitos políticos. “Ele não tinha intenção de atirar, mas sim de provocar. Os tiros ocorreram após o acirramento da discussão”, explicou.

O caso

O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos.

A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja as cenas:

Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge José, que se declara apoiador do presidente de Bolsonaro, invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). Havia poucos convidados no evento comemorativo — cerca de 40 pessoas.

Guarda municipal Marcelo Arruda, morto em confusão em festa de aniversário com tema do PT
O petista Marcelo Arruda foi morto em Foz do Iguaçu

Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçar a todos.

Em seguida, ele saiu, dizendo que voltaria para “matar todo mundo”. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal.

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