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Polícia confirma que Rogério 157 mudou de facção e agora é do CV

Saída da Amigos dos Amigos seria uma forma de o traficante se manter no controle do tráfico da Rocinha

atualizado

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Procurados/Polícia Civil
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1 de 1 15065476788781 - Foto: Procurados/Polícia Civil

A Polícia Militar do Rio de Janeiro encontrou nesta segunda-feira (2/9), pichações em muros da Favela da Rocinha, na zona sul, que confirmariam que Rogério 157 mudou de facção criminosa. Para a corporação, as inscrições com os dizeres “CV 157” indicariam que Rogério saiu da Amigos dos Amigos (ADA), que tradicionalmente controlava o lucrativo comércio de drogas na Rocinha, e foi para o Comando Vermelho (CV), a facção mais antiga e com maior penetração em comunidades do Rio.

A hipótese vem sendo investigada desde a semana passada. Seria uma forma de Rogério se manter no controle da quadrilha da favela. O acordo de Rogério teria sido “costurado” dentro do sistema penitenciário por chefes do CV, e o traficante já teria contado com apoio da quadrilha para se esconder.

Também nesta segunda-feira (2), o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que a hora de Rogério, que está sendo procurado em várias favelas do Rio, “vai chegar”.

“A gente já prendeu tantos chefes do tráfico. A hora dele vai chegar, não tenha dúvida que a Polícia Militar e a Polícia Civil, com a inteligência da Polícia Federal, mais cedo ou mais tarde, vão prendê-lo”, afirmou o governador.

Ele disse que a ajuda dos militares das Forças Armadas, que ficaram uma semana na comunidade, “tinha limites”. “Eu quero sempre mais (permanência das Forças). Mas eles têm seus limites, seu orçamento. Eles também não podem ficar fazendo o trabalho de policiamento da polícia.”

Se a mudança de facção for verídica, será mais um ingrediente no violento confronto entre as quadrilhas que se instaurou na Rocinha no último dia 17, quando o bando de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-“chefe” de Rogério, mandou que comparsas invadissem a favela para retirá-lo do domínio.

Nesta segunda-feira, foram apreendidos munições de fuzil, uma granada e uma emulsão explosiva na favela, que segue com reforço da Polícia Militar – os 500 militares das Forças Armadas foram substituídos por PMs.

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