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Ministros do STF são alvo de ameaça: “Tem que pegar e matar tudo”

Supostos terroristas teriam dito, na deep web, que os ministros mantêm uma rotina que facilita o contato físico e visual

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
STF1
1 de 1 STF1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) alertaram o ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Alexandre de Moraes de que os integrantes da Corte estão sob ameaça de possíveis ataques terroristas.

Uma das conversas interceptadas pela PCDF na deep web trata da rotina dos ministros. Em um dos diálogos, aos quais o Metrópoles teve acesso, é possível ouvir: “Tem que matar tudo”.

Relator do processo que investiga ataques e agressões ao Supremo, Alexandre de Moraes repassou o alerta ao presidente do STF, Dias Toffoli  – que, na última quarta-feira (12/02/2020), encaminhou aos demais magistrados da Corte o aviso –, a quem orientou reforço na segurança pessoal.

Os dados constam de ofício sigiloso, o qual reporta que uma célula terrorista pode estar preparando “agressões contra ministros deste tribunal”. As informações foram antecipadas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Metrópoles.

Em mensagens interceptadas pela Polícia Civil do DF, o grupo teria ressaltado que os ministros do Supremo poderiam facilmente ser alvo de agressões, dada a rotina que “facilita o contato físico e visual”.

Os supostos terroristas teriam dito, na deep web, que os ministros mantêm uma rotina que facilita o contato físico e visual. Seriam, portanto, autoridades de fácil acesso a indivíduos que pretendem fazer algum ataque.

A mensagem da célula terrorista teria sido captada em janeiro, na deep web, e sido disparada pela Unidade Realengo Marcelo do Valle.

Nota da PF
Em nota divulgada no seu endereço eletrônico, a Polícia Federal informou que “tais ameaças eram genéricas e não traziam indícios de qualquer planejamento elaborado de possível atentado”. As investigações, diz o anúncio, continuam sob sigilo.

Leia na íntegra:

“Nas últimas semanas, monitoramentos de rotina, realizados pela PF, encontraram trocas de mensagens, via deep web, com ofensas e ameaças a autoridades da República (ministros do Supremo Tribunal Federal).

Tais ameaças eram genéricas e não traziam indícios de qualquer planejamento elaborado de possível atentado.

Todavia, cumprindo seu papel institucional e de forma preventiva, a PF informou ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do Inquérito n.º 4781, sobre a existência de tais mensagens.

As investigações, a cargo da PF, seguem em sigilo e tramitam com o objetivo de identificar os responsáveis pela difusão de tais mensagens”.

Ameaças ao presidente
Não é a primeira vez que as polícias Federal e Civil do DF investigam ameaças terroristas com origem na deep web. No final de dezembro de 2019, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás e São Paulo.

As diligências apuravam o envolvimento de um grupo terrorista que reivindicou a confecção e o abandono de artefato explosivo próximo ao Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, na véspera do Natal de 2018. Os suspeitos também fizeram ameaças de possível atentado na posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), conforme revelou o Metrópoles.

As ameaças se estendiam ao presidente eleito e a outros alvos, como a  ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal dom Sérgio da Rocha.

Em trechos de um texto publicado na internet, a suposta organização criminosa dizia o seguinte: “Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça”.

Falta de provas
No entanto, em janeiro deste ano, as três pessoas presas pela Polícia Civil do DF suspeitas de ameaçarem o presidente e de fazerem ataques terroristas foram soltas por falta de provas.

A liberdade foi concedida pela 7ª Vara Criminal de Brasília, que acatou pedido do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para arquivar o processo.

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