Polícia prende suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle

Operação Os Intocáveis é feita em áreas controladas por milícias na zona oeste da capital fluminense

Estadão Conteúdo
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A Operação Os Intocáveis, desencadeada na manhã desta terça-feira (22/1) em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro, prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista da parlamentar, Anderson Gomes. Os presos integram uma das milícias mais antiga do estado – a de Rio das Pedras, bairro da zona oeste da capital fluminense. As informações são do jornal O Globo.

A ação envolve 140 policiais que cumprem 13 mandados de prisão preventiva. Coordenam as ações o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.

O objetivo da ação é desmantelar uma milícia que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras. Segundo informações da polícia, o grupo atuaria de forma violenta. Há indícios de que dois dos alvos comandem o chamado Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda. Os principais clientes do bando de matadores profissionais são contraventores e políticos.

Na ação, foi preso o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, 43 anos. O oficial da PM é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime.

O major foi denunciado por comandar negócios ilegais, como grilagem de terra e agiotagem. É réu no processo de homicídio de cinco jovens na antiga boate Via Show – o crime aconteceu em 6 de dezembro 2003 – e vai a júri em abril deste ano.

Também foi preso Manuel de Brito Batista, o Cabelo, que atua na quadrilha como contador e gerente armado.

A operação ainda estava em curso no momento da publicação desta reportagem.

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