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PF prende deputada eleita de Roraima por desvios de até R$ 50 milhões

Operação Zaragata também apura cobrança de propinas em serviços de transporte escolar

atualizado

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1 de 1 ione - Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu a deputada estadual eleita Ione Pedroso (Solidariedade/RR) e outras nove pessoas no âmbito da Operação Zaragata, deflagrada nesta sexta-feira (14/12), para apurar desvios de R$ 50 milhões em recursos públicos e cobrança de propinas nos serviços de transporte escolar em Roraima.

O marido de Ione, o empresário José Wallace Barbosa da Silva, também foi alvo de prisão, mas ainda não foi localizado. Ele é considerado foragido pela Polícia Federal. Ao todo, os agentes cumpriram 10 mandados de prisão e 12 de buscas e apreensão.

Outros três alvos da ação foram os ex-secretários da Fazenda Aline Karla Lira de Oliveira e Shiská Pereira e o servidor público Thiago Lima Martinez. Os dois últimos estavam presos por outros processos envolvendo supostos desvios na merenda escolar do estado.

O inquérito da Zaragata foi instaurado em agosto deste ano para apurar supostas irregularidades cometidas em contratação do governo de Roraima com recursos do Fundeb por meio de dispensa de licitação emergencial. Segundo a PF, há indícios de esquemas envolvendo o transporte escolar do Estado, como cobrança de propinas de empresas do setor, que eram obrigadas a pagar valores entre 10% a 15% das faturas para receber o pagamento do governo.

“A organização criminosa também falsificava documentos de prestação de serviços que não eram, de fato, realizados, bem como também fraudava procedimentos licitatórios”, informou a Polícia Federal.

Notas técnicas da Controladoria-Geral da União apontaram indícios de irregularidades em contratos de transporte escolar. Em um deles, os valores ultrapassam R$ 78 milhões. Segundo o órgão, os pagamentos indevidos poderiam chegar a R$ 50 milhões.

“Em alguns casos, certa empresa era contratada para fazer rotas de transporte já prestadas por outra empresa, a qual efetivamente prestava o serviço. Ou ainda, uma mesma empresa era contratada várias vezes para a mesma rota, recebendo vários pagamentos por uma mesma prestação”, relata a PF.

Zaragata faz alusão ao estado de desordem em que se encontra tanto a prestação dos serviços de transporte quanto os próprios contratos públicos.

 

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