PF faz operação contra grupo que contrabandeava ouro de Roraima
Agentes cumprem 17 mandados de prisão preventiva, cinco de temporária e 48 de busca e apreensão, além de 15 de sequestro e bloqueio de bens
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (06/12/2019), a Operação Hespérides, com o objetivo de desarticular organização criminosa que seria responsável pelo comércio ilegal de ao menos 1,2 tonelada de ouro.
Os agentes cumprem 17 mandados de prisão preventiva, cinco de temporária e 48 de busca e apreensão, além de 15 de sequestro e bloqueio de bens. As medidas ocorrem nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e São Paulo, expedidas pela 4ª Vara Federal de Roraima.
De acordo com informações da PF, cerca de 130g de ouro foram apreendidos no Aeroporto de Boa Vista (RR) com documento falso, que tinham como destino uma empresa em São Paulo.
O grupo criminoso, segundo as investigações, seria composto por venezuelanos e brasileiros que residiam em Roraima e compravam ilegalmente ouro extraído de garimpos da Venezuela e de garimpos clandestinos do estado.
Eles teriam, inclusive, auxílio de alguns servidores públicos por meio do pagamento de propinas para dar um aspecto de legalidade ao metal por meio da emissão de documentos falsos por empresas de fachada. O ouro seria comercializado para uma empresa especializada na recuperação de minérios, localizada no interior de São Paulo.
Suspeita-se de que o grupo tenha movimentado ao menos 1,2 tonelada de ouro entre 2017 e este ano. Em cotação atual, o montante representa mais de R$ 230 milhões.
Um dos alvos da operação Hespérides tem ordem de prisão em aberto expedida pela justiça da República Dominicana por tráfico de drogas e lavagem de capitais e consta em lista de difusão vermelha da Interpol.
Os suspeitos vão responder por crimes de participação em organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, receptação e os crimes de falsidade ideológica e de documento público.