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PF deflagra operação contra fraudes no INSS em São Paulo

Cerca de R$ 42 mil e US$ 3 mil em espécie foram apreendidos em Diadema, na residência de um servidor público

atualizado

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Divulgação / Polícia Federal
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1 de 1 PF4 - Foto: Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal, em ação com a força-tarefa Previdenciária, deflagrou nesta segunda-feira (26/11), a Operação Barbour contra um esquema especializado em fraudes contra a Previdência Social. Cerca de R$ 42 mil e US$ 3 mil em espécie foram apreendidos em Diadema, na residência de um servidor público.

A força-tarefa Previdenciária é composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Coordenação de Inteligência Previdenciária, Instituto Nacional do Seguro Social e Advocacia-Geral da União.

Policiais Federais cumprem 4 mandados de prisão temporária e 6 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Diadema e Santo André, todos expedidos, a pedido da PF, pela 3ª Vara de São Bernardo do Campo.

Também foram apreendidos documentos e mídias para armazenamento de dados.

O inquérito policial foi instaurado em junho de 2018, após a PF receber informações de inteligência da Secretaria de Previdência Social, que havia detectado inconsistências nos pedidos de aposentadorias em uma agência do INSS em Diadema/SP.

As investigações apontam que os pedidos suspeitos eram relacionados a trabalhadores de bancos, públicos e privados, além de empresas de telefonia, que pleiteavam aposentadoria por tempo de contribuição com tempo a menor, apresentando documentos falsos para comprovar que trabalhariam em condições insalubres ou perigosas, mas essas condições não se verificavam na realidade.

As diligências realizadas pela PF indicam que o grupo criminoso fazia reuniões com pessoas interessadas nesse tipo de aposentadoria todas as segundas-feiras, no interior de um gabinete da Câmara de Vereadores de Santo André.

A estimativa inicial é de que as fraudes possam ter causado um prejuízo de R$ 170 milhões à Previdência. Em razão das evidências trazidas para a investigação, a AGU solicitou o bloqueio patrimonial de alguns envolvidos, para tentar garantir a restituição dos valores desviados e reaver o produto do crime.

Os investigados responderão, de acordo com as condutas praticadas, pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados, corrupção passiva e estelionato qualificado.

O nome da operação, Barbour, remete a um cientista que desenvolveu uma tese de que o tempo, na realidade, não existe.

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