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Mulher é presa após se assumir racista e cuspir em taxista negro

“Eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo”, disse a mulher antes de ser conduzida para a delegacia

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Ela citou a raça de um réu ao condená-lo por organização criminosa
1 de 1 Ela citou a raça de um réu ao condená-lo por organização criminosa - Foto: Reprodução

Uma mulher, cuja identidade não foi revelada, foi presa no início da tarde desta quarta-feira (05/11/2019) ao se assumir racista após negar-se a entrar em um táxi guiado por um motorista negro. O caso aconteceu em Belo Horizonte e foi reportado inicialmente pelo jornal O Tempo.

A vítima dos ataques chama-se Luís Carlos Alves Fernandes, de 51, e disse ter sido a primeira vez que sentiu o racismo na pele. Ele conta que, ao avistar a mulher chamando uma corrida na rua, estacionou ao seu lado. Como resposta, ela disse que não andaria com um negro.

De acordo com Fernandes, a mulher estava muito exaltada e afirmou ser racista. Segundo ele, ela ainda deu uma cusparada nele.

“Eu estava no ponto de táxi e vi ela atravessando com o pai dela. Ela estava agredindo ele com palavras, passou olhando dentro dos carros e eu perguntei, por educação, lógico, se ela estava precisando de táxi. Aí ela respondeu: ‘precisando eu estou, mas eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo’, e ela ainda deu uma cusparada nos meus pés”, contou o taxista.

O taxista, então, chamou a polícia. Outros taxistas que estavam no local se recusaram a deixar que a mulher seguisse viagem com outra pessoa até que uma guarnição policial chegasse. Houve tentativa de linchamento da mulher, o que foi impedido.

“Não pode deixar passar, não. É assim que vamos combater esse tipo de coisa. Em pleno século XXI acontecer uma coisa dessas, não podemos deixar, não. Eu quero é justiça. Eu nunca passei por isso. É a primeira vez. A gente acompanha no jornal e fica triste. Quando acontece com a gente é que vemos a dor que sentimos, mas isso não vai me abalar”, afirmou Fernandes ao Tempo.

A mulher está detida em uma delegacia da Polícia Civil no centro de Belo Horizonte. A corporação ainda vai determinar se ela será indiciada por injúria racial ou racismo. Além do crime em si, ela também vai responder por desacato, após ter agredido verbalmente um policial.

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