O grupo criminoso conhecido como “escritório do crime“, que cometia assassinatos encomendados pelo crime organizado e pelas milícias no Rio de Janeiro, monitorava as suas futuras vítimas por meio de drones.
A constatação parte de fotos extraídas do celular de Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão, na qual uma de suas prováveis vítimas aparece sendo monitorada com o uso dos aparelhos.
Segundo reportagem do jornal Extra, o celular foi apreendido em outubro de 2019 e, entre outras provas, as imagens levaram à Operação Tânatos, deflagrada na última terça-feira (30/6). Seu irmão, Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, também foi preso acusado comandar a facção desde a morte do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega.
Segundo o jornal, as imagens do celular haviam sido apagadas e foram recuperadas por especialistas com um equipamento israelense conhecido como “chupa-cabras”. O alvo seria o pecuarista Alcebíades Paes Garcia, o Bid, irmão do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho.
Bid foi executado em 25 de fevereiro deste ano, quando voltava da última noite de desfiles do Carnaval. De acordo com as investigações, a vítima ficou sob vigilância por quase um ano. Além do material fotográfico – incluindo imagens de drone -, havia mapas de localização dos locais frequentados pela vítima. O escritório também acompanhava as redes sociais.
O celular que revelou o modo de agir dos criminosos foi apreendido na “Operação Submersus”, em 3 de outubro de 2019. Os alvos eram Elaine de Figueiredo Lessa, mulher do sargento reformado Ronnie Lessa. O PM é apontado como executor da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.