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Polícia apura se funcionária mentiu ao depor sobre morte de João Beto

A fiscal disse que o PM temporário Geovane Gaspar era um cliente da loja, mas já foi constatado que ele era segurança contratado

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
cliente agredido e morto por seguranças do supermercado Carrefour
1 de 1 cliente agredido e morto por seguranças do supermercado Carrefour - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil investiga se uma funcionária do Carrefour mentiu no depoimento sobre a morte de João Alberto Freitas, 40 anos, morto após ser espancado por dois seguranças do estabelecimento, no último dia 19.

“O que nós observamos é que houve declarações contraditórias. Resta até o final do inquérito [saber] se essas contradições foram motivadas por algo que se queria encobrir ou não”, afirmou a delegada Roberta Bertoldo, ao G1.

Adriana Alves Dutra afirmou, em depoimento, que o PM temporário Geovane Gaspar da Silva era um cliente da loja; mas a apuração já constatou que ele era funcionário da empresa de segurança contratada pelo Carrefour. 

Além disso, a funcionária do estabelecimento contou à polícia que Beto empurrou uma senhora dentro da loja e que ele já tinha entrado em atrito com os fiscais anteriormente. Isso não aparece nas filmagens disponíveis até o momento.

A fiscal afirmou ainda que não ouviu a vítima pedir por ajuda. Entretanto, nas gravações, é possível ouvir os gritos da vítima diversas vezes. Adriana disse às autoridades que pediu várias vezes para que os seguranças largassem Beto, mas as imagens mostram apenas a mulher tentando impedir a gravação.

“Se acalma pra gente poder te soltar, a brigada tá chegando, tá bom? (…) A gente não vai te soltar. Pra ti bater em nós de novo?”, ela disse, na ocasião.

“Inicialmente se apontou que João havia agredido fisicamente uma mulher no interior do estabelecimento, mas as câmeras de segurança não mostram a agressão, que na verdade houve um certo mal entendido entre um gesto que ele teria feito a uma fiscal que decorre dessa situação, então inúmeras questões vêm sendo ditas, ou desditas, ou não comprovadas”, esclareceu a delegada.

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