Piloto de bimotor alertou pane e foi ajudado por comandante de Boeing

O Corpo de Bombeiros do Rio informou que o piloto Gustavo Carneiro emitiu um alerta pelo rádio e foi atendido por outra aeronave

Bruno Menezes
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Rio de Janeiro – Pai do copiloto José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, proprietário do bimotor que caiu no mar no último dia 24 entre Ubatuba, em São Paulo, e Paraty, no Rio de Janeiro, José Porfírio de Brito, 60, contou nesta terça-feira (30/11) que a aeronave sofreu uma pane nos dois motores antes de cair.

De acordo com reportagem de O Globo, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que o piloto Gustavo Carneiro emitiu um alerta pelo rádio e que os tripulantes de um Boeing da Gol Linhas Aéreas, que passava pela região, recebeu o pedido de ajuda. O comandante do Boeing orientou o condutor do bimotor como deveria proceder durante a queda da aeronave.

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Bimotor desapareceu na região de Ubatuba
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“O que ele relatou é que, como a aeronave estava em pane, tem um canal que eles pedem socorro para aeronaves próximas. Eles conseguiram um contato com um Boeing e o piloto dessa aeronave deu todas as dicas. Teria dito para mirar na costa. No relato do piloto da aeronave, ele disse que o primeiro e o segundo motor pararam”, contou ao jornal o coronel Rodrigo Bastos, comandante do Corpo de Bombeiros da Área Marítima.

“O piloto do Boeing orientou que ele seguisse para a costa e destravasse as portas. Porque num contato com a água elas poderiam travar. Aí, o Boeing já acionou o Serviço Salvaero. Como o pai é piloto, ele partiu para lá e encontrou o assento e miudezas”, completou o coronel, que teve o relato confirmado por José Porfírio.

Copiloto e passageiro desaparecidos

Os Bombeiros confirmaram ainda que o pai do copiloto teria recebido a localização do acidente, a mesma onde os militares encontraram uma poltrona e outros destroços. Nesta segunda-feira, a Marinha do Brasil achou uma mochila que pode ser de uma das vítimas.

A Marinha ressalta que já realizou varredura em uma área de mais de 2.500 quilômetros do litoral, percorrendo uma faixa litorânea entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), com um afastamento de até 45 quilômetros da costa. Já a Força Aérea Brasileira faz busca aérea num total de mais de 4.100 km² de área do litoral

Na última sexta-feira, foram divulgadas imagens dos últimos momentos do copiloto e do passageiro, no saguão de um aeroporto em Campinas, permitindo a identificação da terceira vítima. 

 

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