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Picape Frontier Platinum: aposta no bem-estar, ganhos na segurança

Versão topo de linha da Nissan fica bem mais confortável, mas o melhor dela é o pacote de itens protetivos, como os de auxílios à condução

atualizado

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Nissan Frontier
1 de 1 Nissan Frontier - Foto: null

Abram alas, que as picapes vêm aí. A General Motors anunciou recentemente que 2023 será o ano delas, com as novas Montana, S10 e Silverado. O grupo Stellantis tem se destacado com as Fiat Strada e Toro: são quase 100 mil unidades vendidas no primeiro semestre deste ano. E ainda promete a Landtrek, seja sob o escudo Fiat ou Peugeot. A Ford deixou o Brasil e bem que renova sua linha, mas só aparece no ranking das 10 primeiras com a velha Ranger. E até a Ram, famosa pelo tamanho, até lançou uma variante (a Classic) para concorrer diretamente com as médias. Sem falar que a até a Jeep, com a Gladiator, quer um pedaço desse negócio. 

Bem, e como ficam as outras tradicionais e valentes picapes que estão no mercado há décadas? Conseguiram se renovar, se manter atrativas? A Entre-eixos avaliou a Nissan Frontier. A versão escolhida pela marca para o teste foi a Platinum, a mais sofisticada e ‘urbana’ da linha 2023 – embora tenha o mesmo conjunto de motor, equipamentos e preço da Pro (também confortável, mas propícia ao trabalho no campo, às estradas de terras). 

No ano passado, ela entrou em 11.821 garagens brasileiras, digamos assim – ou 46% a mais do que o recorde anterior, em 2019. Em 2022, fechou o semestre em nono lugar, com 4.756 unidades (entre compactas e médias). Vai crescer, sobreviver?  Se depender da quantidade de versões… Agora são seis, no total. A de entrada (veja abaixo), a S, é com câmbio manual e custa R$ 250 mil. 

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Mas vamos à Platinum, que ficou bem bonita e reúne um bom pacote de segurança e  conforto – mas que tem um inconveniente para os R$ 324 mil cobrados: a direção é hidráulica e, portanto, exige muito esforço do condutor do condutor na hora de estacionar, de fazer uma ‘tesourinha’, como são chamados os retornos viários em Brasília. E por falar em peso, um registro: a tampa da caçamba ganhou sistema para reduzir o esforço ao manuseá-la, ficando 60% mais leve. 

A Frontier chegou por aqui no início da década de 1990 e desde 2002 é brasileira, produzida em São José dos Pinhais, no Paraná. No começo do ano, ela ganhou mais equipamentos e ficou bem mais atraente. E com um bom pacote de segurança – que, por sinal, motivou até a troca dos faróis, agora com 30% de mais brilho no alto e 20% no baixo.

Ainda sobre o tema, vale reforçar que as versões Pro e Platinum (a testada) têm algo que, aos poucos mas consistentemente, vai se tornando uma exigência do consumidor: os sistemas semi autônomos de assistência à condução. 

O Safety Shield da Nissan, por exemplo, inclui alerta e frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa e alerta de pontos cegos. Esse pacote intervém nos freios e corrige a direção para evitar impactos laterais. Ah, e os freios traseiros agora são a disco. E seis airbags estão disponíveis. 

Conduzir essa picape de 5,26m de comprimento e 2,2 mil kg é algo agradável (exceto pela já citada direção hidráulica).

Os 45,9kgfm de torque logo aos 1.500rpm do 2.3 biturbo a diesel dão tranquilidade nas saídas e retomadas. Detalhe: e sem aqueles delays entre as aceleradas e a resposta das turbinas características desses motores. 

A suspensão de uma picape não é – talvez nem possa nem deva ser – confortável quanto a de um carro de passeio, geralmente baixo e leve. Os balanços e sacolejos tradicionais, noves fora ajustes e reforços, sempre existem. Mas não dá para reclamar mais tanto assim: a Platinum é, por todos os atributos, muito confortável. 


Vida a bordo

A nova linha da picape manteve as dimensões. Aliás, nem precisava mudar: o entre-eixos é de 3,15m, muito bom. Com as modificações, a vida a bordo ficou ainda melhor. O espaço para quem vai (se forem três ocupantes, piora) é típico: bancos elevados, posição travada. 

Mas a reestilização afetou positivamente até na questão do visual: o quadro de instrumentos, por exemplo, pulou de 5” para 7” (e é misto, com odômetro digital no centro). Ainda há (sobrando, certamente) os chamados ‘plásticos duros’, aqueles que você bate e o som repercute com força. 


Consumo

É sempre importante reforçar que o consumo de um carro está diretamente vinculado ao comportamento (pé pesado ou não) do motorista, às condições das vias e por aí vai. Por isso, neste teste foram registrados números semelhantes aos oficiais: 9,5km/litro na cidade e até 13km/litro nas estradas da região entre Brasília e Olhos d’ Água, em Alexânia (GO). Na seca e acúmulo de poeira, nem deu para usar à vera os modos de condução 4×4 da versão (apenas o Sport na BR-060 e o off-road na região de Pirenópolis). Há, aliás, um (o Tow) exclusivo para reboque. 


As versões

S MT 4×4
R$ 244.290

  • Motor bi-turbo 163cv
  • Câmbio manual 6 marchas
  • 6 airbags
  • Roda 17’’ aço
  • Disco de freios dianteiro e traseiro

SE AT 4×4
R$ 266.890

  • Motor bi-turbo 190cv
  • Câmbio automático 7 marchas
  • Roda de liga-leve 17’’
  • Farol de neblina
  • Acabamentos cromados e na cor do carro

Attack AT 4×4
R$ 274.890

  • Função modo de direção (drive mode)
  • Tela Multimídia de 8’’
  • Roda de liga-leve 17’’
  • Estribo lateral
  • Barra de teto

XE AT 4×4
R$ 290.890

  • Push start
  • Roda de liga-leve 18”
  • Farol Full LED e lanternas traseiras em LED
  • Sensor de chuva
  • Bancos com acabamento premium e Zero Gravity

PRO-4X AT 4×4
R$323.890

  • Pacote de segurança Safety Shield
  • Teto solar
  • Visão 360° inteligente com modo off-road
  • Roda de liga-leve off-road 17’’ e pneus All Terrain
  • Bloqueio do diferencial manual

PLATINUM AT 4×4
R$ 323.890

  • Pacote de segurança Safety Shield
  • Teto solar
  • Visão 360° inteligente com modo off-road
  • Roda de liga-leve 18”
  • Retrovisor interno eletrocrômico

 

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