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PGR pede a STF arquivamento de inquérito contra Roseana Sarney e Lobão

O inquérito foi aberto com base em delação premiada, de acordo com o pedido precisa de mais provas para comprovação das acusações

atualizado

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Márcio Fernandes/ESTADÃO CONTEÚDO
roseana sarney maranhão
1 de 1 roseana sarney maranhão - Foto: Márcio Fernandes/ESTADÃO CONTEÚDO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), o arquivamento de inquérito contra a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

O inquérito havia sido aberto com base em delação premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, no âmbito da Operação Lava Jato. Em sua delação, Paulo Roberto Costa contou que Roseana recebeu R$ 2 milhões para a sua campanha ao governo do Maranhão em 2010, após uma solicitação de Lobão (na época, ministro de Minas e Energia) ao ex-diretor de abastecimento da Petrobras.

“A aludida afirmação, por si só, não se mostra suficiente para comprovar a prática de delitos criminais por parte das pessoas referenciadas pelo colaborador, havendo necessidade de elementos de corroboração”, destacou Janot.

No entanto, observou o procurador-geral da República, não foram colhidos “elementos probatórios ao longo da instrução procedimental aptos a corroborar as declarações do colaborador Paulo Roberto Costa”. “Certo é que não há nos autos notícia de elementos de prova que corroboraram essas hipóteses factuais, tampouco se vislumbram, no presente momento, caminhos apuratórios passíveis de obtê-los”, ressaltou Janot.

“Portanto, considerando o amplo espectro de diligências já realizadas, a partir das informações existentes a respeito dos fatos aqui versados, não se vislumbra outras medidas que pudessem ser adotadas, neste momento, para coleta de elementos probatórios visando ao esclarecimento das hipóteses levantadas”, concluiu o procurador-geral da República.

Repercussão
Para o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, defensor de Roseana, nada foi provado porque se tratava de uma “mentira deslavada” de Paulo Roberto Costa.

“Foi um período de dois anos de investigações e com várias diligências expondo Roseana a um constrangimento desnecessário. Nada foi provado porque era uma mentira deslavada do delator (Paulo Roberto Costa). Esse arquivamento, embora tardio, resgata, nesse ponto de vista, a verdade. Para Roseana que ficou sendo investigada desnecessariamente, é uma vitória. Este era o único inquérito em que Roseana era investigada. Embora a demora nas investigações tenha causado um enorme prejuízo pessoal e político, para Roseana a Lava Jato é uma página do passado”, disse o advogado, em nota.

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