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PF:“Política de desencarceramento do Brasil precisa ser revista”

Para o presidente da ADPF, Justiça “não está no caminho certo”. Declaração foi dada após mais um policial ser assassinado dentro de casa

atualizado

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1 de 1 polícia-federal-pf-3-840×577 - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Durante o 1° Simpósio Internacional de Segurança Pública, em Brasília, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva, criticou a Justiça brasileira, que, segundo ele, “não está no caminho certo”.

“Essa política de desencarceramento do Brasil precisa ser revista. Posso garantir a vocês que os mais perigosos bandidos têm bom comportamento, saem em dias festivos e vão para as ruas matar pai de família”, afirmou o dirigente da associação.

A declaração do delegado, dita poucas horas depois de um delegado da PF ser morto por bandidos, refere-se ao assassinato de Mauro Sérgio Salles Abdo. O policial foi baleado dentro de sua casa, em São Paulo, após reagir a um assalto. Um dos acusados do crime estaria fora da cadeia devido ao indulto do Dia das Mães.

No início de maio, David Aragão, também delegado da Polícia Federal, foi assassinado em circunstâncias parecidas. Ele teria reagido quando criminosos invadiram sua residência, em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís (MA).

Durante a tarde, a ADPF já havia se posicionado de maneira parecida. Em nota, a associação afirmou que as mortes dos dois delegados poderiam ter sido evitadas. “Isso [os assassinatos] só aumenta a dor e o inconformismo de familiares, amigos e colegas, diante da premissa de que eram mortes evitáveis, não fosse o Brasil um país extremamente permissivo na legislação penal, processual e de execução da pena”, destacou a entidade no texto divulgado mais cedo.

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