metropoles.com

PF: “Falta ‘foco’ a órgãos parceiros na investigação da Zelotes”

“Falta de foco” tem facilitado a atuação da defesa dos envolvidos e dificultado o encontro de provas pelo investigadores para indiciar alvos

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Policiais federais
1 de 1 Policiais federais - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No relatório final do inquérito sobre a suposta manipulação de julgamento relacionado a um processo do BankBoston no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a delegada da Polícia Federal Denisse Dias Rosas Ribeiro faz uma série de observações sobre problemas enfrentados pelos investigadores da Operação Zelotes. Entre eles, está a falta de foco de órgãos parceiros na investigação que resulta em uma apuração “genérica e difusa”.

Além da Polícia Federal (PF), participam dos inquéritos da Zelotes o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e órgãos como a Corregedoria-geral do Ministério da Fazenda.

A falta de foco tem facilitado a atuação da defesa dos envolvidos e dificultado o encontro de provas pelo investigadores para indiciar os alvos da Zelotes. No entendimento de Rosas Ribeiro, as observações feitas no relatório final não desmerecem a “relevância e o esforço dos órgãos parceiros”, mas são pertinentes uma vez que a Polícia Federal, como órgão da administração pública, deve zelar pela observância dos princípios da legalidade, eficiência e economicidade.

O que se identifica no âmbito da Zelotes, afirma a delegada, é que “existem procedimentos de investigações tramitando com diversas quebras de sigilo bancário e fiscal e telemático encartadas em autos diversos, com menções a decisões de compartilhamento de provas não encartadas, e com órgãos dando prioridade para executar determinada atribuição que seria acessória”.

O resultado desse tipo de atuação é que “esforços acabam dispersos, deixando a técnica e a linha de investigação em segundo plano”. A delegada cita seu próprio exemplo e afirma que quando assumiu a investigação teve dificuldade em identificar a linha de investigação, o objeto e os fatos sob apuração uma vez que “os órgãos parceiros trazem à baila notícias de outras investigações que não estão fisicamente contidas nos autos do inquérito”.

O que poderia ser apenas um desconforto sanável pela leitura dos autos, aponta Rosas Ribeiro, acaba por transformar-se em um problema para a futura ação penal uma vez que se encontra uma dificuldade em identificar até mesmo a origem de alguns elemento de provas mencionados nos autos.

A delegada sugere que caso sejam evidenciadas possíveis novas vertentes de investigação, o MPF deve fazer uma “requisição específica, contendo os elementos objetivos, origem da decisão de compartilhamento, a indicação precisa da cadeia de custódia da prova”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?