“Pessoal da esquerda não quer ganhar eleição, quer lacrar”, diz França
Candidato a prefeito de São Paulo dispara contra esquerda paulistana e afirma que Boulos vai “meter gasolina e fogo no paiol”
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Márcio França, disparou contra a esquerda paulistana nesta quinta-feira (29/10), elegendo Guilherme Boulos (PSol) como principal alvo. As críticas foram feitas em sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“O pessoal de esquerda não quer ganhar eleição, quer lacrar (…) Boulos é candidato a presidente da República. Caso não dê certo em São Paulo e o (Fernando) Haddad (PT) estiver fraco ou desaparecido, ele vira o candidato líder da esquerda. Eu não sou candidato à Presidência da República, sou candidato a prefeito de São Paulo”, afirmou o ex-governador.
O candidato do PSol aparece em terceiro lugar na pesquisa de intenção de votos XP-Ipespe, com 16%, à frente de França (8%). Na liderança, está o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), com 27%, seguido por Celso Russomanno (Republicanos), com 22%.
Em outro trecho da entrevista , o candidato do PSB disse ainda considerar que o PT é injusto com Jilmar Tatto e voltou a citar Boulos. “O PT tem um rapaz que a vida inteira serviu ao PT, mas que o partido acha que ele não é a pessoa certa. É injusto. Boulos nunca foi nada na política. Se jogá-lo nessa fria (governar São Paulo), ele vai meter gasolina e fogo no paiol”, afirmou.
Para França, PT e PSol devem somar cerca de 20% dos votos no primeiro turno, e os dois “não cabem em uma casinha só”. “Acho que o PT tem condição, é maior, mais forte, acredito que faça esse crescimento. E, nas únicas pesquisas que fazem em relação ao segundo turno, o único candidato que vence do Bruno no segundo turno sou eu”, afirmou.
Sobre o atual prefeito, França disse que se dá bem com Covas, “uma pessoa valente”. “Mas eu acho que ele tá sem nenhuma condição. Hoje ele não é prefeito, é um grupo de vereadores. O Bruno sequer consegue mandar embora um subprefeito”, criticou.