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Penitenciária de São Paulo suspende visitas após surto de Covid-19

Presídio abriga condenados em regime fechado e está com o dobro de presos do que a capacidade, segundo dados da Secretaria da Administração

atualizado

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Arquivo/Agência Brasil
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1 de 1 prisao-detentos - Foto: Arquivo/Agência Brasil

A penitenciária estadual de Capela do Alto, no interior de São Paulo, suspendeu as visitas aos presos por tempo indeterminado, após registrar um surto de Covid-19 entre os detentos. Até essa sexta-feira (5/2), 24 prisioneiros testaram positivos para a doença e 88 casos suspeitos ainda esperavam o resultado dos exames. Não houve mortes.

A administração isolou quatro pavilhões na tentativa de conter a disseminação do vírus. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam 236 óbitos e 59,2 mil casos ao todo em unidades prisionais brasileiras.

O presídio abriga condenados em regime fechado e está com o dobro de presos do que a capacidade, segundo dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Segundo a pasta, não houve casos entre os funcionários. Familiares dos detentos que fariam as visitas neste fim de semana estão sendo informados da suspensão.

Números da SAP indicam o avanço do novo coronavírus no sistema prisional do estado. Segundo os dados, nos quatro primeiros meses da pandemia, até o final de junho, 15 detentos tinham morrido de Covid-19 em presídios paulistas. Nessa quinta-feira (4/2), o número de óbitos tinha chegado a 35.

Já o número de casos positivos saltou de 902 para 11.785 no mesmo período. Atualmente, 318 presos com diagnóstico positivo estão em isolamento em 26 unidades prisionais que têm casos ativos.

E os servidores?

Entre os servidores, o número de mortes subiu de 16 no final de junho para 36 até a última quinta. Desde o início da pandemia, 2.569 funcionários testaram positivo para Covid-19. Ainda há 56 servidores em tratamento. A SAP informou que houve aumento na testagem de detentos e funcionários, o que contribuiu para o aumento nos números.

Segundo a pasta, a atenção à saúde dos presos foi intensificada desde o início da pandemia. “Todos os custodiados foram e continuam sendo orientados sobre o uso correto de máscaras de proteção, tanto verbalmente como por meio da fixação de cartazes e distribuição de panfletos”, informa.

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