Paraquedista que morreu em salto praticava manobra arriscada, diz amigo
Leandro Torelli saltava em Boituva. Segundo Centro Nacional de Paraquedismo, o esportista fez uma curva brusca em baixa altitude
atualizado
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O paraquedista Leandro Torelli, 33 anos, morreu durante um salto nesse domingo (25/10), em Boituva, no interior de São Paulo. Segundo o também paraquedista e amigo da vítima, Felipe Assis, Leandro estava aprimorando a técnica de “curva baixa”, uma manobra perigosa do esporte.
De acordo com o Centro Nacional de Paraquedismo, Leandro fez uma curva brusca em baixa altitude, o que diminuiu a pressão no paraquedas. Manobras como essa fazem com que o paraquedista desça em alta velocidade e podem provocar acidentes. As informações são do G1.
Segundo Felipe, essa manobra é responsável por grande parte das mortes no paraquedismo. “A maior quantidade de gente que morre nesse esporte é por conta da curva baixa. Não é falha de equipamento e nem nada do tipo”, afirmou.
“Quando um atleta faz uma curva com o paraquedas, ele pendula. Então, quando é feita uma curva baixa e ele está muito perto do chão, o esportista acaba sendo o peso embaixo do pêndulo e quando vai voltar isso pode ser fatal. Foi o que aconteceu com ele”, explica o paraquedista.
Leandro tinha mais de mil saltos, era instrutor de paraquedismo e considerado experiente. Felipe conta que a curva baixa geralmente é feita por atletas que estão em progresso e utilizam paraquedas menores.
“Para evitar esse tipo de acidente é preciso fazer uma curva mais alta, compensando na altura, e posicionando para o pouso em uma linha reta. Se partir deste princípio, o paraquedismo é seguro”, afirma Felipe.
A Confederação Brasileira de Paraquedismo vai realizar uma perícia para a análise do caso.