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Parada por PM, Rafaela Silva reclama: “Esse preconceito vai até onde”?

Campeã olímpica, judoca foi abordada durante blitz no Rio de Janeiro. Intervenção intensificou abordagens à população em todo o estado

atualizado

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Judoca Rafaela Silva conquista o primeiro ouro do Brasil no Rio-2016
1 de 1 Judoca Rafaela Silva conquista o primeiro ouro do Brasil no Rio-2016 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

A campeã olímpica Rafaela Silva foi vítima de uma cena, no mínimo, constrangedora, nessa quinta-feira (22/2). A judoca afirma que foi parada por uma viatura da Polícia Militar, no Rio de Janeiro, a caminho de sua casa. Ela usou as redes sociais para desabafar: “Esse preconceito vai até onde?”.

Em seu perfil oficial no Twitter, Rafaela Silva narra toda a história. Ela conta que ao chegar no Rio de Janeiro pegou um táxi no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, para ir até a sua casa, localizada no bairro de Jacarepaguá. A abordagem policial aconteceu na Avenida Brasil e a judoca só conseguiu seguir viagem depois de ser reconhecida como “aquela atleta da Olimpíada”.

“Chegando hoje, quinta-feira, no Rio de Janeiro, peguei um táxi pra chegar em casa! No meio da Avenida Brasil, um carro da polícia passou ao lado do táxi onde estou e os policiais não estava (sic) com uma cara muita simpática, até então ok”, disse Rafaela Silva, que não se atentou para o fato. “Continuei mexendo no meu celular e sentada no táxi, daqui a pouco ligaram a sirene e o taxista achou que eles queriam passagem, mas não foi o caso, eles queriam que o taxista encostasse o carro”.

O constrangimento, segundo Rafaela Silva, começou em seguida. “Quando o taxista encostou, eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela, outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele olhou pra minha cara e falou… trabalha aonde? Eu respondi… não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou… vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse… sim, e ele perguntou… mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa (sic)”.

“Na mesma hora, o policial baixou a cabeça, entrou na viatura e foi embora! Quando entrei no carro novamente o taxista falou que o polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar. E o taxista respondeu… essa é aquela do judô, peguei no aeroporto e o polícia falou… ah tá! Achei que tinha pego na favela (sic)”, escreveu Rafaela Silva.

“Isso tudo no meio da Avenida Brasil e todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu, tentando chegar em casa”, afirmou a judoca, que encerrou a história com um desabafo. “Esse preconceito vai até onde?”.

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