Paciente já denunciou por assédio dentista que mordeu mulher em Goiás

Jovem procurou polícia em 2019, depois que profissional teria tentado beijá-la à força, dentro do consultório, segundo boletim de ocorrência

Thalys Alcântara
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Goiânia – O mesmo dentista que mordeu uma mulher dentro de uma academia em Rio Verde, sudoeste de Goiás, já foi denunciado por uma outra mulher, em 2019, porque a teria assediado dentro do consultório, durante um procedimento odontológico, na mesma cidade.

Segundo boletim de ocorrência que o Metrópoles teve acesso, a vítima de 27 anos relatou que foi fazer um procedimento de restauração em 1º de novembro daquele ano com o dentista Eduardo Furquim Silva, de 30 anos. Era o segundo dia do tratamento, o primeiro tinha sido feito por uma dentista do sexo feminino.

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Mulher foi mordida em academia de Rio Verde
Vídeo mostrou momento que homem mordeu mulher
Câmera flagrou momento que homem mordeu a mulher em academia
Câmera flagrou mulher sendo atacada com mordida em academia

A vítima disse que estava de olhos fechados, durante o procedimento, quando sentiu a barba do profissional encostar em seu queixo. A jovem relatou que se assustou e disse: “Você me respeite”. O dentista teria dito que não estava faltando com respeito.

Na sequência, a mulher de 27 anos deixou o consultório e pagou o valor da restauração, segundo o boletim de ocorrência. Ela procurou a Delegacia da Mulher de Rio Verde no dia seguinte para denunciar o assédio.

Outros casos

Eduardo Furquim é investigado por lesão corporal, por ter mordido uma mulher em uma academia de Rio Verde em 13 de abril deste ano. Nesta semana, a vítima contou ao Metrópoles que teve muito medo no momento em que foi atacada. A agressão deixou uma marca no braço da vítima que ficou dolorida por três dias.

Veja o vídeo:

O dentista também já foi indiciado por cárcere privado, injúria e desacato em 2020. Na ocasião, ele trancou uma paciente idosa dentro do consultório, porque ela não aceitou pagar um valor de um procedimento.

Uma equipe da Polícia Militar (PM) foi até o local em que a paciente estava trancada e o profissional teria desacatado os militares com xingamentos. Ele ainda foi indiciado por outro caso de desacatado no mesmo ano de 2020 contra um sargento da PM.

Além disso, uma ex-namorada do dentista procurou a Polícia Civil na última segunda-feira (25/4) e pediu medida protetiva da Lei Maria da Penha, pois estaria sendo perseguida pelo ex-companheiro, mesmo depois de três anos do término da relação.

O advogado Jefferson Borges, responsável pela defesa do dentista, informou para a reportagem que vai aguardar o término das investigações do último caso (relativo à mordida na academia) para manifestar.

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