Onda de frio e risco de tempestades colocam 15 estados em alerta

A gravidade na escala de perigo está nos níveis laranja e amarelo, que são considerados alertas medianos

Otávio Augusto ,
Júlia Portela
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Os próximos dias serão de intempéries climáticas que exigem atenção. Quinze estados estão com alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para onda de frio, chuvas intensas e tempestades.

Além disso, segundo a entidade climatológica, geadas e vendavais são previstos para os próximos dias.

Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul terão intensas variações climáticas.

A gravidade na escala de perigo está nos níveis laranja e amarelo, que são considerados alertas medianos.

Olívio Bahia, meteorologista do Inmet, explica que a frente fria será sentida mais fortemente entre esta terça-feira (17/5) e quarta-feira (18/5).

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O modelo do Instituto de Meteorologia (Inmet) é referência no Brasil e usado em várias outras instituições e órgãos, como é o caso da Defesa Civil . Mas, afinal, o que são os alertas vermelhos, amarelos ou laranja?
Alerta amarelo: aponta a previsão de perigo potencial. A umidade relativa do ar varia entre 30% e 20% e há baixo risco de incêndios florestais e à saúde. Há, também, chance de chuva entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, com ventos de 40 a 60 km/h
Sinaliza baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas
Alerta laranja: indica perigo. Há previsão de um volume de chuva entre 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia, com ventos intensos de 60 a 100 km/h
Representa risco real de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas
Alerta vermelho: sinaliza previsão de grande perigo. O volume de chuva deverá ser superior a 60 mm por hora ou acima de 100 mm por dia
Nestes casos, há um alto risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas, em regiões com áreas de risco
Por ser o sinal mais perigoso, o Inmet, recomenda medidas preventivas que podem contribuir para proteção em situações de alerta vermelho
Algumas das medidas preventivas são: desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia,observar a alteração nas encostas, permanecer em local abrigado e, em caso de situação de inundação, proteger pertences da água envoltos em sacos plásticos
As informações sobre os alertas para cada estado estão disponíveis no site do Inmet. Além disso, também podem ser consultadas com a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193)

“As frentes frias trazem na retaguarda ar frio e temperaturas mais baixas. O deslocamento sempre é do Sul para o Norte”, explica o especialista.

Ele completa: “Esse é um sistema muito expressivo do ponto de vista meteorológico. A expectativa no Distrito Federal na sexta-feira é de 5ºC“.

Temperaturas

Olívio ressalta que as temperaturas máximas não subirão nos próximos dias. “A gente fica com essa condição até o fim de semana, no caso do Centro-Oeste.”

O meteorologista avalia que essas condições exigem cuidado, sobretudo para as pessoas mais vulneráveis, como moradores de rua.

Tempestade subtropical

Nessa segunda-feira (16/5), o Inmet anunciou que o ciclone previsto para passar pelo Sul do país nesta terça-feira (17/5) se intensificou e chegou à categoria de tempestade subtropical. Com a evolução, o evento pode ter rajadas de vento que superam os 100 km/h no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, e seguir até o sul do estado de São Paulo.

A tempestade subtropical, apelidada Yakecan, é uma classificação abaixo do furacão, que apresenta ventos de mais de 120 km/h associados a outros fatores. Miguel Ivan, diretor do Inmet, diz que há a possibilidade da Yakecan chegar a esse nível, mas, por enquanto, a expectativa é de que não tenha essa evolução.

O fenômeno estava previsto para começar na noite dessa segunda-feira (16/5) no Rio Grande do Sul. O maior impacto será nas cidades litorâneas, mas pode atingir municípios mais afastados da praia.

“Ele fica mais intenso na madrugada de amanhã [terça-feira], e depois se desloca para o mar”, frisa. “É bem provável que ele se restrinja ao alto-mar. Mas se tiver uma mudança, e os ventos aumentarem, ele pode seguir para a costa nos próximos três ou quatro dias.”

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