Ômicron: Queiroga cobra dos estados aplicação de doses de reforço

Ministro da Saúde admitiu que o momento é de incerteza, mas demonstrou otimismo com o controle da variante Ômicron

Otávio Augusto
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo, nesta segunda-feira (10/1), para que estados e municípios apliquem mais doses de reforço e cobrem da população a regularidade da imunização contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Ao conversar com jornalistas na saída da sede da pasta, em Brasília, Queiroga admitiu que o momento é de incerteza, mas demonstrou otimismo com o controle da variante Ômicron. Esta cepa tem se mostrado mais contagiosa que as demais.

“Temos que continuar o combate, e a melhor forma é ampliar a vacinação de segunda dose em alguns estados e dar [a dose] de reforço”, frisou.

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O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda dose
A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissão
Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo
Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforço
Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da Pfizer
A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford
As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a Janssen
Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepas
Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o país

Segundo o ministro, o governo federal possui imunizantes suficientes para completar o ciclo vacinal dos brasileiros.

Queiroga comentou brevemente o comportamento sanitário que a variante tem tido no Brasil. “A Ômicron é mais transmissível, mas não temos observado um aumento de óbitos”, pontuou.

Ele emendou. “Houve ingresso de casos, mas não tem havido subida de casos. Temos que esperar para ter uma posição mais definida”, explicou.

Por fim, o ministro disse estar confiante. “O cenário pandêmico é de incerteza, por causa da Ômicron, mas temos a esperança de não haver uma explosão de internações e de mortes”, concluiu.

Quarentena

Queiroga adiantou que, nesta segunda-feira, integrantes do Ministério da Saúde vão se reunir com representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para definirem a diminuição da quarentena para os infectados pela Ômicron.

Queiroga não detalhou de quanto tempo pode ser a nova restrição de circulação. “Vamos discutir para enxugar o período”, resumiu.

Atualmente, Ministério da Saúde recomenda quarentena de 10 a 14 dias para infectados com a doença. A intenção do governo é que o prazo passe para cinco dias.

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