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Navalha afiada: Governo corta R$ 592 milhões do orçamento do Exército

A força armada preservou áreas de ensino e operações no contingenciamento equivalentes a 23%. As demais foram afetadas profundamente

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Protesto contra o governo na porta do Palácio do Planalto – Brasília, DF – 16/03/2016
1 de 1 Protesto contra o governo na porta do Palácio do Planalto – Brasília, DF – 16/03/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A incansável navalha do Governo Federal voltou a atingir o Exército Brasileiro. Desta vez, o corte profundo no orçamento será de R$ 592 milhões. O valor foi confirmado ao Metrópoles e provoca novas readequações em uma das Forças Armadas do país.

A redução é de 23% do total de R$ 2,5 bilhões previstos pela Lei Orçamentária Anual (LOA). “O referido contingenciamento afetou todas as unidades gestoras, porém em menor proporção as áreas de ensino e operações, consideradas prioritárias para o Exército”, explicou o Exército em nota. No entanto, a corporação afirma que a “adequação já era esperada tendo em vista a atual situação econômica do país”. Ainda segundo a força armada, o Governo Federal pode repor esses valores futuramente.

Em outubro, o Metrópoles revelou a redução no número de oficiais-generais, de 154 para 147, gerando uma economia de R$ 2,3 milhões por ano. Houve também corte no quantitativo de ingresso nas escolas de formação, caindo de 500 para 440 alunos na preparação de oficiais e de 1.400 para 1.100 na de sargentos. Em curto prazo, a queda total do efetivo do exército será de 10%.

Em meio à discussão da mudança da meta fiscal e de corte de gastos, as Forças Armadas pressionam pela recomposição no Orçamento, que, nos últimos cinco anos, sofreu redução de 44,5%. Desde 2012, os chamados recursos discricionários caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Os valores não incluem gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares.

Segundo o comando das Forças, neste ano, contingenciou-se 40%, e o recurso era para cobrir os gastos até setembro. Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente, há substituição do quadro de efetivos por temporários para abrandar o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica avaliam que há risco de “colapso”.

Veja a nota enviada ao Metrópoles:

Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), cuja parcela destinada ao Exército Brasileiro perfaz um valor de R$ 2,559 milhões de despesas discricionárias (não PAC), a Força Terrestre permanece, mesmo após a ampliação do dia 24 de novembro de 17, com um corte de, aproximadamente, 23%, ou seja, ainda continua contingenciado o montante de R$ 592 milhões de seu orçamento.

O referido contingenciamento afetou todas as Unidades Gestoras, porém em menor proporção as áreas de ensino e operações, consideradas prioritárias para o Exército.

Essa adequação já era esperada tendo em vista a atual situação econômica do país, porém, a situação poderá evoluir, caso haja novos descontingenciamentos.

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