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MPRJ denuncia médicas que fizeram transplante em paciente errado

Após confusão com nomes, outro paciente foi submetido a um transplante que não precisava e acabou morrendo. Caso ocorreu em 2020, na Tijuca

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF ameaça fechar as portas
1 de 1 Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF ameaça fechar as portas - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou por homicídio culposo duas médicas que submeteram um homem a transplante de um rim que deveria ter sido transplantado em outro paciente.

O homem que recebeu o órgão, Francisco das Chagas de Oliveira Moura, morreu durante a cirurgia. A vítima possuía o mesmo nome do paciente que deveria receber o rim, com exceção do último sobrenome.

O caso ocorreu no dia 30 de setembro de 2020, no Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca. As denunciadas eram as responsáveis por consultar os órgãos disponíveis e os respectivos receptores, bem como pela checagem dos dados exigidos quando da triagem pré-operatória.

De acordo com a denúncia, as duas médicas atuaram culposamente por não dar a devida atenção dos dados que haviam sido encaminhados pelo serviço social. A denúncia conclui que a atuação das médicas contribuiu para o resultado morte da vítima.

Durante a operação, o cirurgião encontrou situação clínica diferente da que estava no prontuário. Essa diferença causou a perfuração da veia cava da vítima, que precisou ser levada à UTI, onde morreu.

A denúncia relata que a sucessão de atos negligentes teve início com erros de duas assistentes sociais do hospital, responsáveis pela localização do paciente renal para transplante. O paciente que deveria receber o rim era Francisco das Chagas Oliveira Moura e não Francisco das Chagas Oliveira.

As médicas recusaram os acordos de não persecução penal e a denúncia do MPRJ foi recebida pela 17ª Vara Criminal da Capital.

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