MP nega ter errado ao sugerir arquivamento de inquérito sobre prédio
Edifício no centro de São Paulo desabou após um incêndio na madrugada de terça-feira (1°)
atualizado
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Segundo o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, não foi considerado um erro o pedido de arquivamento do inquérito responsável por apurar possíveis riscos à segurança no edifício Wilton Paes de Almeida. O prédio desabou após um incêndio na madrugada de terça-feira (1°/5). De acordo com a investigação policial, o fogo começou após curto-circuito no quinto andar.
O inquérito civil havia sido aberto após uma representação feita ao Ministério Público Estadual (MPE) com base em informações colhidas na Ouvidoria Geral do Município e Prefeitura Regional da Sé, em agosto de 2015. A ação foi assinada pelo morador de um prédio vizinho Rogério Baleki.“Não se trata de erro. Tratam-se de laudos, análises dos momentos em que elas ocorrem. É preciso olhar os processos, os procedimentos como um todo”, disse o procurador-geral à imprensa.
Segundo Gianpaolo Poggio Smanio, o pedido de arquivamento levou em consideração as tratativas que ocorriam naquele momento, março deste ano, entre a Prefeitura de São Paulo e a União, “já resolvendo os problemas existentes”.
“Esse é o quadro que se tinha até então. Hoje a situação é outra, as investigações estão permanecendo”, ressaltou. “O Ministério Público está acompanhando tudo que deve ser feito. É uma mera sugestão, uma mera análise interna, que a própria promotoria já retomou”, acrescentou o procurador-geral.
Ele reiterou que a função do MP é de fiscalização. Já as “atribuições administrativas”, “de solucionar os problemas” das ocupações são da prefeitura e da União. “Todas elas têm laudos, todas elas têm questões que vão sendo tratadas administrativamente”, declarou Smanio.
Reunião
Na tarde desta quinta-feira), representantes do Ministério Público se reuniram com integrantes de movimentos sociais e gestores da Prefeitura de São Paulo. “Estamos fazendo hoje uma encontro para que essas coisas não se repitam. Nós estamos, aqui, com os movimentos sociais e a prefeitura para poder cuidar dessa questão”, ressaltou Gianpaolo Poggio Smanio.
