MP de São Paulo questiona Doria sobre concessão do complexo do Ibirapuera

Promotores avaliam possível irregularidade em construção de novos empreendimentos no complexo, como shopping center e escritório

Ana Saito
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo informou nesta quinta-feira (03/11) que pediu ao governo do estado informações sobre a concessão da área onde está o Conjunto Desportivo Constância Vaz Guimarães, no Ibirapuera, zona sul da capital. Os estudos que embasam o edital, que não foi publicado ainda, indicam a possibilidade de transformar o ginásio do Ibirapuera em shopping center.

Em reunião realizada na segunda-feira, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão estadual que decide sobre o tombamento de imóveis e outros bens paulistas, rejeitou a abertura de um processo de tombamento do complexo, abrindo caminho para que a estrutura seja concedida à iniciativa privada.

“A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital informa que requisitou do Governo do Estado de São Paulo todas as informações acerca da tentativa de concessão de uso da área pública onde está instalado o Conjunto Desportivo Constância Vaz Guimarães”, afirma o MP, em nota.

O Ministério Público diz ainda que, a despeito da decisão do Condephaat de rejeitar abertura de processo de tombamento do Complexo, “está analisando outras restrições legais que inviabilizariam a construção de um empreendimento multiuso, shopping center, três torres com apart hotel e escritórios e outros usos que o concessionário considerar rentáveis no local”.

Os plano é que no lugar da pista de atletismo seja criada uma arena multiuso com capacidade para 20 mil pessoas. A nova estrutura receberia eventos esportivos e culturais. Já o ginásio do Ibirapuera seria transformado em um shopping center, enquanto que no lugar do complexo aquático seria construída uma torre comercial anexa a um hotel.

A gestão João Doria defende a concessão do complexo. Após questionamentos, o governo do estado usou as redes sociais para afirmar que a concessão tem como prioridade atividades esportivas e culturais.

 

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