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Morre Benedito Lima de Toledo, o arquiteto que melhor explicou SP

Ele foi autor de livros como Anhangabahú, Álbum Iconográfico da Avenida Paulista e São Paulo: Três Cidades em um Século

atualizado

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1 de 1 Benedito-Lima-de-Toledo-2 - Foto: Reprodução

A 200 metros de sua casa, no bairro do Brooklin, o professor, historiador e arquiteto Benedito Lima de Toledo mantinha um escritório com vasto e impressionante acervo: 40 mil fotos, 25 mil slides e 6,5 mil livros – dentre eles, muitas raridades -, sobretudo sobre a cidade de São Paulo, sua grande paixão.

Essa coleção foi resultado de suas peregrinações e pesquisas ao longo de mais de 50 anos de carreira. Toledo gastava, em iguais medidas, o giz e a sola dos sapatos. Muitas vezes, o professor trocava a sala de aula pelas pesquisas de campo – e, câmera em punho, fotografava como poucos.

Oito anos atrás, em conversa com este repórter, revelou que – esperava que muito tempo depois – já havia definido o herdeiro para o material: a instituição onde ele se formou, em 1961, e na qual ele dedicou seu magistério, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

“O ideal de um professor é difundir o conhecimento. Quero que esse material fique disponível para os pesquisadores das gerações futuras, porque assim continuarei contribuindo para difundir o conhecimento”, afirmou Toledo.

O professor
Para acadêmicos e, sobretudo, para jornalistas que precisam compreender a evolução histórica e urbanística de São Paulo, Toledo – ou simplesmente, o “professor”, maneira mais comum de tratá-lo – foi paciente e cuidadoso entrevistado e, principalmente, uma profunda fonte de informações.

Autor de 12 livros, entre os quais Anhangabahú, Álbum Iconográfico da Avenida Paulista e São Paulo: Três Cidades em um Século, o arquiteto foi quem melhor compreendeu e explicou as transformações paulistanas desde a chegada dos jesuítas ao Pátio do Colégio.

Na madrugada desta quarta-feira (31/07/2019), aos 85 anos, o historiador morreu, após período de internação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Seu sepultamento está marcado para as 16 horas, no cemitério Gethsemani. Ele deixa a mulher, a bibliotecária Suzana Aléssio de Toledo, de 78 anos.

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