O segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, que ficou conhecido após ser preso por transportar 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), mora a apenas 8 km do Palácio do Planalto, em um apartamento de classe média na Asa Sul. As informações são da revista Veja.
O fama momentânea do militar da Aeronáutica fez com que os vizinhos e funcionários do edifício ficassem em uma espécie de “lei do silêncio”. Dois deles, que falaram com a revista em anonimato, informaram que, por conta das constantes viagens presidenciais, Silva Rodrigos passava pouco tempo em casa e nunca teve comportamento suspeito.
Segundo o Portal da Transparência, o sargento teria feito ao menos 29 viagens no Brasil e para o exterior desde 2011, várias delas com o grupo presidencial. Ele recebe salário bruto de R$ 7.298.
Entenda
O militar da Força Aérea Brasileira (FAB) foi preso na Espanha por tráfico de drogas nessa terça-feira (25/06/2019). Ele era tripulante do voo que dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que participa da Cúpula do G20, no Japão.
Nessa quarta-feira (26/06/2019), autoridades espanholas informaram que o segundo-sargento foi flagrado com 39 kg de cocaína divididos em 37 pacotes em uma mala de mão. O brasileiro foi detido no aeroporto de Sevilha. Ele deixou a Base Aérea de Brasília no avião reserva da Presidência, com três tripulações.
Ao avaliar as condições nas quais o militar foi flagrado, o presidente em exercício Hamilton Mourão (PRTB) considerou que o segundo-sargento preso deveria ter conexões no país europeu. “Não brotou da cabeça dele, há conexões aí”, indicou. “Ele agiu como ‘mula qualificada’”, completou.