Força-tarefa da AGU cobra R$ 893 milhões de desmatadores da Amazônia Legal
Grupo entrou com 27 ações na Justiça pedindo bloqueio de bens. Objetivo é reparar danos ambientais em cerca de 35 mil hectares de floresta
atualizado
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A Força-Tarefa em Defesa da Amazônia entrou na Justiça com 27 ações cobrando R$ 893 milhões de desmatadores da Amazônia Legal (região de floresta distribuída por nove estados). As informações são do G1.
O objetivo dos processos é reparar os danos ambientais causados em cerca de 35 mil hectares de floresta.
O grupo é ligado à Advocacia-Geral da União. As ações foram ajuizadas no dia 15 de setembro e pedem a indisponibilidade de bens e valores de 23 pessoas e 41 responsáveis solidários.
“O objetivo dos bloqueios é garantir que os réus não venham a se utilizar de medidas de ocultação de bens ou dilapidação de patrimônio, de modo a garantir a efetividade do provimento jurisdicional favorável ao fim do processo”, afirmou Renata Periquito Cunha, coordenadora da Força-Tarefa.
Foram atingidos os municípios de Manicoré (AM), São Felix do Araguaia (MT), Peixoto de Azevedo (MT), Nova Aripuanã (AM), Santa Cruz do Xingu (MT), Mucajaí (RR), São Feliz do Xingú (PA), Alto Paraíso (RO), Ulianópolis (PA), Marabá (PA), Nova Maringá (MT), Lábrea (AM) e Machadinho D´Oeste (RO)
Essa é a terceira fase das ações da força-tarefa, que foi criada no ano passado. Nas duas primeiras etapas, foram ajuizadas 45 ações, totalizando R$ 1,3 bilhão. Assim, a reparação ambiental de 95 mil hectares já foi requerida pela AGU, quase R$ 2,2 bilhões em pedidos de reparação. Até o momento, R$ 571 milhões foram bloqueados pela Justiça.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alertas de desmatamento na Amazônia subiram 34% de agosto de 2019 a julho de 2020.