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Desmatamento no Cerrado teve aumento de 94,14% em fevereiro

Segundo dados do Sad Cerrado, o desmatamento na Bahia teve alta de 227% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2022

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto colorida de área de cerrado desmatada para plantio no município de Alto Paraíso - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de área de cerrado desmatada para plantio no município de Alto Paraíso - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desmatamento no Cerrado bateu novos recordes em fevereiro deste ano, com um aumento de 94,14% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram destruídos 44.700 mil hectares (ha). Segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), divulgados nesta quarta-feira (15/3), foram devastados 86.782 mil ha no segundo mês de 2023.

Os estados da Bahia, Minas Gerais e Goiás registraram a pior alta no índice de desmatamento em fevereiro.

Foram destruídos 22.187 ha na Bahia em fevereiro deste ano, um crescimento de 227% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram desmatados 6.778 hectares.

Em Minas Gerais, foram registrados 10.007 ha desmatados, um aumento de 82,5% em relação a fevereiro de 2022.

No estado de Goiás, 10.849 ha de vegetação nativa foram devastados no último mês, um crescimento de 69% em comparação com fevereiro de 2022.

O desmatamento teve uma alta de 86,4% em todo bioma em comparação com janeiro deste ano, quando foram destruídos 46,5 mil ha, segundo o SAD Cerrado.

Os municípios baianos de São Desidério, Correntina, Barreiras, Jaborandi e Cocos juntos são responsáveis por 16% da área do Cerrado desmatada no primeiro bimestre deste ano. Segundo o monitoramento, 90,5% da área destruída em fevereiro foi registrada em áreas privadas e cerca de 53,6% dos alertas são de regiões maiores que 50 ha.

Riscos

A pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Fernanda Ribeiro destaca o impacto do desmatamento na Bahia e os perigos para a preservação do meio ambiente. “As áreas remanescentes de vegetação nativa no oeste baiano têm um papel chave na manutenção da biodiversidade na região pois servem como habitats importantes para espécies endêmicas e ameaçadas, como o arapaçu-de-wagler e a arara-azul grande”, afirma.

“Além do impacto causado pela perda de habitat, as grandes áreas desmatadas recentemente são ainda mais preocupantes por estarem localizadas em áreas de alta importância para manutenção da conectividade entre as principais áreas protegidas da região”, acrescentou Ribeiro.

SAD Cerrado

O SAD Cerrado é uma iniciativa criada pelo Ipam em parceria com a rede MapBiomas e com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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