A médica Ana Cláudia Regert, que atendeu a criança de 2 anos que morreu torturada na última quinta-feira (2/3) na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), afirmou que os sinais de agressão eram antigos.
A menina Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima chegou ao hospital sem vida, “com sinais severos de violência”. O pai e a madrasta foram presos em flagrante pelo crime.
Cláudia foi a responsável por identificar que o atendimento não se tratava de uma consulta qualquer e que a criança já estava desfalecida.
“Quando me viram de jaleco começaram a gritar falando que ela não estava respirando. Retirei a criança e fui para parte interna da unidade para avaliar. Ela já estava desfalecida, em estado cadavérico, mostrando que a meu ver, já tinha bastante tempo que tinha acontecido, não minutos, como eles tinham relatado”, disse a médica, em entrevista à TV Globo, sobre o pai e a madrasta de Quenia, Marcos Vinícius Lino e Patrícia André Ribeiro.
De acordo com Márcia Helena Julião, titular da 43ª DP (Guaratiba), a menina apresentava 59 lesões pelo corpo: “O crime bárbaro chocou a todos os policiais desta unidade e causou grande comoção, diante dos atos cruéis de tortura”, destacou a delegada.