Goiânia – Madrasta de um menino de 7 anos que morreu com sinais de agressão, Vanária Rodrigues da Silva admitiu à Polícia Civil de Goiás que agrediu o enteado, em Goianésia, a 175 km da capital. Segundo a investigação, Davi Luiz Rodrigues Rosa morreu por causa de infecção provocada por chutes na barriga. A mulher e o pai dele, André Luiz Santos Rosa, estão presos.
1/7De acordo com a delegada Ana Carolina Pedrotti, a madrasta disse que agrediu o menino por ele não ter feito tarefas escolares. Por esse motivo, segundo a investigação, ela teria dado chineladas e dado um chute na criança, que, segundo médicos, foi levada já morta pelo casal a um hospital da cidade na quarta-feira (16/2).
“Lesões recentes”
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a criança tinha “lesões recentes no corpo”, principalmente nos braços e pernas. Uma radiografia no corpo de Davi Luiz, realizada durante a perícia, apontou que ele teve fratura no fêmur esquerdo. A causa da morte foi definida como laceração no intestino.
Um médico legista, segundo a Polícia Civil, explicou à equipe de investigação que a lesão provocada no intestino e a fratura no fêmur teriam causado muita dor na criança. Por isso, de acordo com o inquérito, a criança não teria alegado que estava com mera dor de barriga, como alegou o pai, que foi preso suspeito de não ajudar o próprio filho.
Agressões frequentes
Segundo a polícia, testemunhas contaram à polícia que Davi Luiz já era alvo de agressões frequentes há algum tempo. No caso mais recente, ele foi agredido na segunda-feira (14/2), passou mal e ficou na cama durante o dia seguinte inteiro e só foi levado, pelo casal, ao Hospital Municipal de Goianésia na madrugada de quarta-feira (16/2).
De acordo com a Polícia Civil, a equipe de policiais foi chamada por médicos do hospital depois que os profissionais da saúde identificaram sinais de agressão no corpo de Davi Luiz. Em depoimento, o pai disse que não estava em casa no momento das agressões.
Chegou morto a hospital
A direção do hospital informou que o casal chegou com a criança pela entrada de emergência e não precisou esperar por atendimento. No entanto, conforme acrescentou, os médicos constataram que o menino foi levado morto para a unidade de saúde.
O pai e a madrasta foram presos em seguida, depois de serem levados para a delegacia.
Velório e sepultamento
O corpo de Davi foi enterrado na tarde de quinta-feira (17/2), em Silvanópolis (TO), cidade onde mora a mãe do menino, depois de ser velado na casa dela. O casal continua preso, em Goiânia, onde está à disposição da Justiça.
O Metrópoles não encontrou contato da defesa da madrasta e do pai da criança, mas o espaço segue aberto para manifestações.