O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta quinta-feira (1º/12) com representantes das centrais sindicais na sede do Gabinete de Transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Ao lado de Gleisi Hoffmann, Lula se reuniu com centrais sindicais na sede da equipe de transiçãoBreno Esaki/Especial Metrópoles

Reunião na transição na quinta-feira (1º/12)Breno Esaki/Especial Metrópoles

A reunião acontece no momento em que a revogação de reformas feitas em governos passados, como a trabalhista, é discutidaBreno Esaki/Especial Metrópoles

Lula em reunião com centrais sindicaisBreno Esaki/Especial Metrópoles

O presidente da República recém-eleito, Luiz Inácio Lula da SilvaBreno Esaki/Especial Metrópoles

Líderes de sindicatos em reunião com LulaBreno Esaki/Especial Metrópoles
Em Brasília desde segunda-feira (28/11), Lula concentrou suas agendas nos primeiros dias no hotel em que está hospedado, onde se reuniu com economistas, parlamentares do PSD e do União Brasil e com os presidentes da Câmara e do Senado. A decisão visou ter um controle maior das pessoas que teriam acesso ao presidente da República eleito.
Na segunda, Lula teve uma reunião com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, no CCBB e recebeu lideranças do MDB no local.
Em 20 de novembro, o petista fez uma cirurgia na laringe, para retirada da leucoplasia, lesão na garganta diagnosticada dias antes. Em função disso, o petista tem poupado a voz, feito exercícios de fonoaudiologia e evitado discursos públicos.
Lula trabalha PEC e ministros
A vinda de Lula a Brasília visa destravar as negociações em torno da PEC da Transição, considerada vital pelo governo eleito para garantir o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600.
Petistas correm contra o tempo para conseguir viabilizar a PEC e iniciar o ano de 2023 com o Bolsa Família de R$ 600 garantido. Após conseguir as 27 assinaturas necessárias para ser protocolada no Senado, o texto da PEC seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Para que a tramitação avance, é necessária a designação de um relator para a matéria. A ação deve ser realizada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), presidente do grupo.
No entanto, de acordo com o parlamentar, a CCJ não terá reuniões nesta semana, e a discussão deve ficar para a semana que vem. Depois de aprovada na CCJ, a PEC pode ser encaminhada diretamente para votação no plenário.
Primeira etapa
Nesta primeira etapa, o texto vai precisar dos votos de três quintos dos senadores – o que equivale a 49 dos 81 congressistas desta Casa. Depois, na Câmara, também será necessária a aprovação por três quintos dos deputados, ou seja, 308 dos 513 parlamentares. Ocorre que, na Casa Baixa, antes das votações finais, a matéria deverá passar por pelo menos 15 comissões.
Se esse rito tiver de ser seguido, é praticamente impossível aprovar a PEC ainda nesta legislatura, e o governo Lula teria de começar sem condições de manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 por mês. Para evitar que isso aconteça, a ideia é juntar seu conteúdo a uma PEC que já tramitou pelas comissões da Câmara, de modo a mandar o texto diretamente para o plenário.
A presença do petista na capital federal também gerou expectativa em torno do anúncio de ministros. Até agora, nenhum nome foi confirmado pela equipe de transição.