A Polícia Federal cumpre, desde o início da manhã desta quarta-feira (27/05), 29 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. A operação faz parte do inquérito das fake news, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a disseminação de fake news e ameaças contra ministros da corte.
Entre os alvos, estão deputados da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), blogueiros e empresários.
Veja a lista de alvos da operação revelados até o momento:
Brasília
- Allan dos Santos, blogueiro do site Terça Livre
- Sara Winter, ativista bolsonarista
- Winston Rodrigues Lima, capitão da reserva e youtuber
Rio de Janeiro
- Paulo Gonçalves Bezerra, empresário
- Reynaldo Bianchi Junior, humorista bolsonarista
- Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente nacional do PTB
Santa Catarina
- Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan
Paraná
- Bernardo Pires Kuster, youtuber
- Eduardo Fabres Portella
Mato Grosso
- Marcelo Stachin, empresário
São Paulo
- Edgard Gomes Corona, empresário
- Edson Pires Salomão, assessor do deputado estadual por São Paulo, Douglas Garcia (PSL)
- Enzo Leonardo Suzi, youtuber
- Marcos Belizzia, membro do grupo Nas Ruas, organizado por Zambelli
- Otavio Fakhouri, empresário
- Rafael Moreno, blogueiro
- Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP)
Os 29 mandados de busca e apreensão são cumpridos no Distrito Federal e mais cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
As investigações fazem parte do inquérito que apura a disseminação de fake news e ofensas contra os ministros do STF. Até agora, o inquérito já atingiu ao menos 17 pessoas, entre parlamentares e aliados de Bolsonaro.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. O inquérito foi aberto no próprio STF, no dia 14 de março do ano passado, em portaria assinada pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
1/16Também dentro do inquérito das fake news, Moraes cobrou explicações do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Durante reunião ministerial com Bolsonaro, realizada no dia 22 de abril e divulgada na semana passada, Weintraub disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.