metropoles.com

PGR endossa acordos feitos por Moro e apresenta sugestões

Ministro quer incluir na legislação “plea bargain”: acordo entre acusação e defesa dispensando necessidade de julgamento por certos crimes

atualizado

Compartilhar notícia

GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
Sérgio Moro
1 de 1 Sérgio Moro - Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO

A Procuradoria-Geral da República (PGR) endossou a proposta do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) de incluir na legislação brasileira o “plea bargain” – o acordo penal entre acusação e defesa dispensando necessidade de julgamento por certos crimes. O projeto ainda está sendo discutido no ministério e só será apresentado em fevereiro ao Congresso.

Uma nota técnica entregue ao ministro Moro nesta quinta-feira (17/1) traz a análise e as sugestões sobre o tema elaboradas pela Secretaria de Relações Institucionais da PGR, vinculada ao gabinete da procuradora-geral, Raquel Dodge, e da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, responsável por coordenar a atuação nacional de procuradores na área criminal.

Os acordos de não persecução penal seriam celebrados entre o Ministério Público (acusação) e o investigado (defesa). À Justiça caberia apenas homologar, verificando requisitos como regularidade, legalidade, voluntariedade e adequação.

A Câmara Criminal e a secretaria descrevem esse tipo de acordo como “um importante instrumento para uma justiça mais ágil, eficiente, moderna e desburocratizada, sem, contudo, deixar de garantir os direitos fundamentais do cidadão”.

“A expansão dos espaços de consenso para a resolução antecipada do processo ganha espaço no cenário jurídico como forma alternativa de solução dos conflitos penais. Com isso, os encarregados da persecução penal ganham mais tempo para se dedicar à criminalidade mais grave, complexa e organizada, trazendo, por conseguinte, importantes benefícios para a sociedade”, argumenta o texto.

Sugestões
O documento frisa que é importante a descrição de crimes que podem merecer o acordo, para que não fique dúvidas. Também defende a fixação de um limite da pena a ser cumprida pelo réu, como condição para fechar o plea bargain. Outra sugestão é que o projeto determine para onde serão destinados os valores arrecadados nos acordos.

A nota técnica sugere, ainda, que o Executivo crie centrais para acompanhar o cumprimento dos acordos e leve em consideração a eventual destinação de valores para o pagamento de advogados que defendem réus que não tenham condições de arcar com advocacia privada e que na localidade não exista Defensoria Pública.

A nota pontua que há projetos em tramitação no Congresso que apresentam normas semelhantes ao acordo penal. Em outro ponto, demonstra iniciativas exitosas sobre acordos ao Ministério da Justiça para que a proposta legislativa melhore a eficácia do Sistema Judiciário brasileiro.

O documento é assinado pela coordenadora da 2ª Câmara, subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, e pelo secretário de Relações Institucionais do MPF, subprocurador-geral da República Carlos Alberto Vilhena.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?