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MP denuncia vereador por tentativa de homicídio no Instituto Lula

De acordo com o promotor do caso , o agressor empurrou a vítima “assumindo os riscos de produzir o resultado de morte

atualizado

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REPODUÇÃO/ESTADÃO
Estadão11
1 de 1 Estadão11 - Foto: REPODUÇÃO/ESTADÃO

O promotor Luiz Eduardo Levit Zilberman denunciou o ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o “Maninho do PT”, e seu filho, Leandro Eduardo Marinho, por tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni. O caso ocorreu no dia 5 de abril, em frente à sede do Instituto Lula, em São Paulo.

Segundo o integrante do Ministério Público paulista, “na suposição de que o ofendido fosse um opositor do ex-presidente, os indiciados, agindo em concurso de agentes, passaram a agredi-lo com emprego de chutes, empurrões e pontapés”.

“À certa altura, quando Carlos Alberto já estava na via e fora da calçada, os indiciados, mesmo percebendo a aproximação de um caminhão pela via, assumindo e aceitando os riscos de produzir o resultado morte, empurraram derradeiramente a vítima em direção à rua com violência”, afirmou.

Bettoni bateu a cabeça na lateral de um caminhão e foi hospitalizado. “Os indiciados, após constatarem a imobilidade do ofendido na rua, dando claras mostras uma vez mais de que o resultado morte lhes era absolutamente indiferente, afastaram-se do local, sem prestar qualquer socorro a ele mesmo estando a poucos metros do Hospital São Camilo situado nas imediações. Ainda assim, negaram socorro à vítima, assumindo o risco de que a morte pudesse ocorrer”, acusa o promotor.

Para o promotor, o “crime foi cometido por motivo torpe decorrente de intolerância diante da suposição de que a vítima estivesse no local a protestar contra o ex-presidente da República e seus apoiadores políticos”.

“O crime foi cometido com emprego de meio cruel eis que, ao projetarem a vítima com empurrões em direção à via por onde trafegava veículo de grande porte, os indiciados elegeram, para prática delitiva, meio apto a provocar no ofendido intenso e atroz sofrimento físico, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade humana”, concluiu.

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