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Dodge pede que Supremo retome investigação contra ministro do TCU

Inquérito contra Augusto Nardes foi instaurado em 2018 a partir de informações de delator. Para PGR é preciso aprofundar apurações

atualizado

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Valter Campanato/ Agência Brasil
Valter Campanato/ Agência Brasil
1 de 1 Valter Campanato/ Agência Brasil - Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a retomada imediata de investigação relativa ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes (foto em destaque). A apuração ocorre em inquérito instaurado em março de 2018 a partir de colaborações premiadas.

Nardes é investigado por suspeita de se valer do cargo para obter vantagens ilícitas. No documento encaminhado ao ministro relator Dias Toffoli, a PGR solicita a análise de um pedido do MPF, apresentado em setembro do ano passado, para a continuidade das investigações e a concessão de prazo para a realização de diligências.

Raquel Dodge também destaca a juntada de diversas petições e despachos nos autos. Diante disso, ela requer vista dos autos para se inteirar do atual estágio do inquérito, que deve prosseguir, no seu entendimento, para avançar na linha de investigação indicada pelo Ministério Público Federal e desenvolvida pela Polícia Federal.

Na manifestação, Raquel Dodge reforça que as diligências já realizadas pela polícia confirmaram informações reveladas pelos colaboradores e apresenta, ainda, vários extratos das provas obtidas com o objetivo de demonstrar que, apesar do curto período de tramitação, o inquérito já conta com elementos probatórios robustos.

A avaliação é de que há indícios da prática de crimes graves, o que exige o aprofundamento das investigações: “O esforço investigativo realizado no bojo do inquérito permitiu que importantes passos rumo à elucidação dos fatos investigados fossem dados. Entretanto, o completo esclarecimento dos fatos ainda demanda novas diligências, e, assim, a continuidade das investigações se apresenta necessária”, reforça Raquel Dodge. (Com informações da PGR)

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