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João de Deus passa 1ª noite preso em cadeia de Aparecida de Goiânia

O médium foi levado para o local por volta das 22h55 desse domingo (16/12), após mais de quatro horas de interrogatório

atualizado

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complexo prisional de aparecida de goiânia
1 de 1 complexo prisional de aparecida de goiânia - Foto: Reprodução

O médium João de Deus passou a primeira noite preso em uma cela de 16 m², no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Ele foi levado para o local por volta das 22h55 desse domingo (16/12), após mais de quatro horas de interrogatório na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o líder religioso passou a noite bem e dividiu cela com outros três presos. A unidade possui chuveiro com água fria e camas de alvenaria com colchonetes. Ele só poderá receber visitas, exceto de advogados, em 30 dias.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, o médium não confessou ter cometido os crimes. “Ele apresentou a versão dele para cada um dos casos”, contou. Os investigadores questionaram João de Deus sobre as denúncias de 15 mulheres que registraram ocorrência e prestaram depoimento na Deic. A transcrição do interrogatório preencheu sete páginas.

O líder espiritual deve ser ouvido novamente pelas autoridades nesta segunda (17). Seus defensores, que consideram a prisão injustificada, pretendem impetrar um pedido de habeas corpus, também nesta segunda, para liberá-lo ou, ao menos, conseguirem a conversão da detenção preventiva para o regime domiciliar.

Ao deixar o prédio da Deic, o advogado de defesa de João de Deus Alberto Toron voltou a pedir cautela na apuração dos casos. “Soa estranho que uma mulher que se diga violentada volte tantas vezes para o atendimento. É preciso que se julgue antes de qualquer condenação”, disse. Toron confirmou que o médium negou as denúncias.

Confira imagens do momento em que João de Deus deixou a delegacia:

 

Encruzilhada
Por volta das 16h30 de domingo, João de Deus se entregou às autoridades goianas. A defesa do médium negociava a rendição do médium com a Polícia Civil de Goiás desde sexta (14), quando a Justiça do estado expediu mandado de prisão preventiva.

A apresentação do líder espírita à polícia ocorreu numa encruzilhada de uma estrada de terra na BR-060, na zona rural de Abadiânia (GO) – João de Deus teria passado os últimos dias em um sítio da região. Foram ao encontro do médium o delegado-titular da Deic, Valdemir Pereira da Silva, e o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes.

Os policiais chegaram ao local marcado para a rendição em três carros. O acusado chegou no veículo do advogado Alberto Toron, responsável por negociar com o delegado-geral da PCGO. João de Deus não foi algemado. O trajeto de 90 km – de Alexânia até a capital goiana – durou cerca de uma hora. O médium não falou com a imprensa ao desembarcar no prédio da Deic, às 17h55.

Mais de 300 vítimas
A partir das primeiras denúncias, reveladas no último dia 12 no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, mulheres do Distrito Federal, de 13 estados brasileiros e de seis países começaram a entrar em contato com o Ministério Público de Goiás. De lá para cá, os promotores colheram 335 relatos de situações em que o médium teria se aproveitado da confiança dessas seguidoras para molestá-las e estuprá-las. Após revelarem os casos, as denunciantes passaram a ser atacadas nas redes sociais.

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