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Janot afirma que não age por coragem, mas por “medo de errar”

O procurador-geral da República determinou nesta segunda-feira (4/9) a revisão do acordo de colaboração premiada firmado com a JBS

atualizado

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rodrigo janot
1 de 1 rodrigo janot - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta terça-feira (5/9) que a abertura do inquérito que pode levar à revisão do acordo de delação premiada firmado com a JBS foi um dos momentos mais difíceis de seu mandato no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele também salientou que “não agiu com coragem, mas por medo de errar”.

“Ontem (segunda-feira, 4 de setembro) foi um dos dias mais tensos e um dos maiores desafios desse período. Alguém disse para mim: ‘Você realmente é um homem de muita coragem”. Aí parei pensei: ‘Será que sou cara de coragem mesmo?’ Cheguei à conclusão de que não tenho coragem alguma” contou Janot, em breve discurso em sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).

O procurador-geral acrescentou que o medo o encorajou a enfrentar “enormes desafios”. “Na verdade, o que eu tenho é medo. E o medo nos faz alerta”, destacou. “Medo de errar muito e medo de decepcionar minha instituição. Então todas as questões que enfrentei, enfrentei muito mais por medo. Medo de errar, medo de me omitir, medo de decepcionar minha instituição do que por coragem de enfrentar esses enormes desafios.”

A sessão foi a derradeira do conselho com Janot no comando da PGR. A substituta dele, Raquel Dodge, tomará posse no próximo dia 18. À frente da Procuradoria desde 2013, Janot afirmou que viveu “desafios quase sobre-humanos” durante seu mandato.

Delação da JBS
Na segunda-feira (4), Janot informou que decidiu abrir investigação para apurar omissão de dados no acordo de colaboração premiada assinado por três dos sete delatores da JBS após a descoberta de novas gravações.

A delação dos empresários embasou a denúncia da PGR contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), por suspeitas de corrupção passiva e obstrução de Justiça. A acusação formal foi barrada no plenário da Câmara dos Deputados. Porém, o peemedebista pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o fim de seu mandato.

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