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Índice de confiança empresarial recua, mas segue acima de média histórica

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 5,2 pontos em setembro, para a marca de 58 pontos. Expectativa é de melhora

atualizado

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José Paulo Lacerda/CNI
Faturamento da indústria cai ao menor nível desde junho de 2020
1 de 1 Faturamento da indústria cai ao menor nível desde junho de 2020 - Foto: José Paulo Lacerda/CNI

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), após quatro altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 5,2 pontos em setembro, para a marca de 58 pontos. O indicador divulgado nesta terça-feira (14/9), apesar de ter ficado abaixo do que foi registrado nos meses anteriores, ultrapassou a média histórica, de 54 pontos.

Em agosto, o nível de confiabilidade foi de 63,2 pontos.

Veja o gráfico com a série histórica:

ICEI – Confederação Nacional da Indústria (CNI)

De acordo com a CNI, o que pesou no resultado foi uma das variáveis componentes do ICEI, o Índice de Condições Atuais da economia. De agosto para setembro, o empresário industrial percebeu uma piora nas condições correntes no cenário econômico, segundo o documento.

“O índice de condições atuais da economia brasileira caiu para abaixo da linha divisória, de 56,2 pontos para 47,3 pontos. Revela, portanto, que o empresário percebe piora nas condições correntes da economia brasileira”, diz a pesquisa.

Um detalhe chama atenção: a pesquisa foi realizada sem o impacto da nota à nação divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nela, o presidente ensaia uma aproximação entre os Poderes. Isso fez com que o mercado se acalmasse.

Por isso, e por ter ficado acima da média histórica, a pesquisa da CNI aponta para uma continuação da confiança do empresariado.

Crise hídrica

A crise hídrica, além do cenário político, contribuiu com a queda da confiança.

“A conjunção de fatores como a aceleração da inflação e incertezas decorrentes da crise hídrica e do cenário político influenciaram negativamente a percepção das condições correntes da economia brasileira e, assim, afetaram a confiança do empresário industrial”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Para a pesquisa da associação, foram entrevistados 1.611 empresários, sendo 635 de empresas de pequeno porte, 608 de médio porte e 368 de grande porte, entre 1º e 9 de setembro.

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